quinta-feira, 15 de junho de 2006

GUERRA CIVIL VERSUS MARASMO

Já por aqui tenho exposto a minha preocupação pela visível falência da democracia. As democracias ocidentais têm-se auto corrompido. O que está a frustrar as expectativas das respectivas populações. Como já várias vezes referi, e sobretudo aqui, começam a aparecer sinais, cada vez mais expressivos, de que o descontentamento anda a ganhar adeptos a um ritmo demasiado veloz para as respectivas medidas cautelares. A inoperância dos poderes políticos e a cupidez dos poderes económicos cada vez mais empurram as pessoas para soluções de desespero. E a sombra da “Besta” paira em cada esquina do descontentamento. Temo que chegue o dia em que a assumpção da guerra civil seja encarada como preferível ao marasmo da situação em que se mantém a degradação da sustentabilidade da vida das populações, e também da natureza, do planeta em geral. Eu temo. Parece-me é que anda aí um mundo muito distraído. Pelo que temo ainda mais. O espectro de uma guerra em larga escala paira no horizonte. Até ao início da 2ª Guerra Mundial, e apesar dos avisos conscientes de pessoas maduras e de bom senso, a maioria recusou-se a ver o que foi inevitável. E andam muitos a não querer ver, a não quererem admitir. O futebol e outras artes dos malabaristas da opinião pública ajudam a iludir. Mas tudo tem um tempo. Se não se começar agora a travagem, em tempo útil, depois será muito difícil uma travagem sem colisão. E eu temo. Os inimigos da democracia espreitam. E temo muito quando eles espreitam.

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