sábado, 15 de julho de 2006

A CIDADELA

A ler, aqui, obrigatoriamente e na totalidade, o artigo de Helana Matos "A lição de Roma".
Mas não prescindo de destacar algo do citado artigo.
«Hoje, estas palavras não contam nada e para nada. Hoje estamos na Era do Contribuinte, somos governados por cobradores de impostos, cuja eficiência é indexada ao volume das cobranças que efectuam e cujo sinal mais óbvio de poder é concederem ou não isenções fiscais. Aliás, sobre os nossos novos heróis nacionais, os jogadores de futebol, é precisamente isso que discutimos: devem ou não ser tributados em IRS os prémios que lhes vão ser pagos pelo seu desempenho no Mundial?
(...)
O Estado é, em Portugal, uma cidadela cujos dirigentes, tal como os antigos patrícios romanos, compram a paz através da manutenção da clientela. À clientela romana dava-se trigo. O nosso Estado dá subsídios, isenções, destacamentos. Regimes de excepção. Desafectações. Esquecemos a lição de Roma: não só nunca se dá o suficiente como a clientela nunca parará de crescer.Tal como Roma também a nossa cidadela cairá sem honra nem glória, num dia que ninguém saberá dizer exactamente qual foi

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