segunda-feira, 25 de setembro de 2006

OS AÇORES ESTÃO MUITO, MUITO LONGE.

E estão longe não pela distância ditada pelos cerca de 1700 KM que os separam do Continente. Estão longe de serem compreendidos por quem está no Continente, açorianos incluídos. E quando se reclama é, quase sempre, com patetices. Também com o nível de “reclamantes” políticos que por aqui pastam outra coisa não era de esperar. Mas há desconsiderações constantes que nunca se afloram. E são a vários níveis. Dou só o exemplo de empresas que, para a mesma função, pagam menos a funcionários seus, só porque estes estão nos Açores. Se se transferissem para o Continente eram logo e automaticamente aumentados. E este é só um dos muitos exemplos, que julgo que só os das cimenteiras é que entraram em luta por tal discriminação. Estes casos entram na área da inconstitucionalidade. Mas também há o inverso. Por cá paga-se um tal de subsídio de insularidade a alguns funcionários públicos que estão efectivamente na insula. Os outros funcionários e todos os trabalhadores da actividade privada, como não o recebem, devem estar num continente. E os Açores estão muito longe até de atingirem um desenvolvimento sustentado. Os “reclamantes” preocupam-se mais em garantir os interesses instalados e, assim, sorverem algumas migalhas, as quais fazem com que possam ostentar um nível para o qual não têm bases, e permite também que as respectivas esposas se pavoneiem e possam competir com outras esposas do jetinho cá do quintal.

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