quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

A FOME VAI VOLTAR

A flexigurança já é presidencial. Este conceito oriundo da Dinamarca, resultou lá, na Dinamarca, muito bem. Mas de certeza que nunca será bem aplicado em Portugal. Aliás, em Portugal nunca nada é bem aplicado. A segurança que há na Dinamarca nunca haverá em Portugal. Já hoje o Estado é incapaz de apoiar os desempregados, depois quando houver mais, a miséria e a fome crescerão exponencialmente. O desemprego é que será muito mais aplicado do que na Dinamarca. Os nossos burocratas são incompetentes, geralmente, para resolver qualquer coisa. E de certeza que o país passará para a miséria. Estes despedimentos irão atingir as pessoas com mais de 45 anos, seguramente os com mais de 50 anos. Serão desempregados que nunca encontrarão emprego, pois foram despedidos exactamente pela idade. E NUNCA vão ter segurança. Uns 15 meses no fundo de desemprego e esmola pelas ruas até atingirem a idade da reforma, cujo cálculo entretanto já foi tão degradado, que não irão ter uma vida, na reforma, digna. Provavelmente até irão morrer antes, porque as condições de vida para que vão ser empurrados contribuirá para isso, quando não se sentirem obrigados ao suicídio por verem como se degradou a vida deles por culpa de governantes inábeis e corruptos. Os funcionários públicos estão abrigados deste problema porque nunca constam da taxa de desemprego, e terão o ordenadinho sempre, porque o governo cobrará sempre os impostos, mesmo aos que andam a passar fome. Eu lembro-me de um país que passava fome no século XX. Nunca imaginei que este regime, auto intitulado de democrático, começasse a empurrar os portugueses para a fome donde já tinham saído +/- a partir de 1965. Voltamos para trás. Os portugueses daqui a uns anos farão a figura dos romenos pelas capitais europeias. Quem não sabe escolher os governantes sujeita-se sempre a ser escravo.

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