domingo, 25 de março de 2007

MISSAS EM LATIM

Volta-se para as missas em latim? Canto gregoriano? Proibição de comunhão a divorciados? Volta-se?
Bem, quando se volta, volta-se para trás. Os tempos que se avizinham não vão ser fáceis. É a vida, feita de ciclos. Estamos a voltar a tempos obscuros, para depois, já demasiado longe para nós, podermos fruir da claridade do conhecimento e das suas boas práticas.

O VASCO PULIDO VALENTE, HOJE, NO PÚBLICO

Corram já até um ponto de venda de jornais e comprem o Público. Leiam o artigo do VPV. E já agora leiam também o Barreto sobre a Ota, e não só.

sábado, 24 de março de 2007

SEMPRE QUE NÃO SE PUNE, PENALIZA-SE O JUSTO


Em Portugal há o drama, gravíssimo, da impunidade das pessoas que agem com desonestidade e com dolo para terceiros. Essa impunidade é um castigo para os cidadãos de bem que agem dentro dos parâmetros da cidadania consciente, com honestidade e integridade.
Como há muito venho dizendo, se as áreas da justiça e da instrução estão mal, o país está muito mal. Se não houver justiça quem acredita na viabilidade do país?

sexta-feira, 23 de março de 2007

O MÉRITO DA REFLEXÃO

No Público
Qualificações
18.03.2007, Vasco Pulido Valente

A um ano da eleição para a presidência do partido (Março, Abril de 2008), o PSD já anda num enorme frenesim. Fora Marques Mendes não há nenhum candidato declarado. Mas parece que Luís Filipe Menezes, Rui Rio, Aguiar Branco, António Borges (que, segundo consta, ainda continua vivo) e o próprio Marcelo pensam em se candidatar. Não se pode imaginar uma colecção mais triste. Mesmo um país pequeno e habituado à mediocridade merecia melhor. Para se aspirar a primeiro-ministro é talvez preciso um passado, uma obra, uma reputação nacional e, se não for pedir muito, uma ideia ou outra com alguma pertinência e algum sentido. Em vez disso, no PSD basta um pouco de popularidade local ou uma forma qualquer de fama, merecida ou imerecida, para um indivíduo se julgar apto a pastorear a Pátria.Esta desgraça não é privativa do PSD. Toda a gente se queixa da qualidade do pessoal político e toda gente percebe que, de ano em ano, as coisas pioram. Tivemos Cavaco, que não é, coitado, um grande espírito. Tivemos Guterres, que fugiu do "pântano". Tivemos Barroso, que tratou de si. Tivemos Santana, que nem dele sabia tomar conta. E hoje temos Sócrates, um aparatchik, autoritário e pardo. Donde vieram eles? Cavaco de onze meses no Ministério das Finanças. Guterres directamente da máquina do PS (nunca esteve antes no Governo). Barroso de secretário de Estado da Administração Interna e ministro dos Estrangeiros. Santana de secretário de Estado da Cultura. Sócrates de ministro do Ambiente. Por outras palavras, nenhum deles fez, como seria de esperar, uma carreira normal: do Parlamento para secretário de Estado, de secretário de Estado para ministro; e da periferia do poder (a Cultura, o Ambiente) para o centro do poder (Segurança Social, Saúde, Educação, para começar, e a seguir Administração Interna, Estrangeiros, Finanças). Chegaram os cinco a primeiro-ministro sem uma experiência séria e pessoal do "monstro" que iam dirigir e com um absoluto desconhecimento do país. Cada um via Portugal e os portugueses pela sua pequena fresta (das Finanças, dos Estrangeiros, da Cultura ou do Ambiente). Não passavam os cinco de amadores, sem maneira de avaliar ou de medir o que lhes diziam e, como é óbvio, só nos deixaram sarilhos.Surpreendentemente, esta sociedade obcecada com a segurança e a "excelência" não exige qualquer espécie de qualificação política ao primeiro-ministro. Não ocorreria a ninguém ser operado por um estagiário. Mas ninguém se importa de ser governado por um conspirador de sótão, um secretário de Estado da Cultura ou um ministro do Ambiente.

quinta-feira, 22 de março de 2007

quarta-feira, 21 de março de 2007

segunda-feira, 19 de março de 2007

domingo, 18 de março de 2007

quarta-feira, 14 de março de 2007

ESTAGNAÇÃO! OS PRÓXIMOS 25 ANOS.

O ex-ministro das Finanças Ernâni Lopes afirmou hoje que a economia portuguesa "está a definhar" e este será o cenário dos primeiros 25 anos do século XXI "se não se fizer nada" para corrigir esta evolução espontânea.
Noticia, aqui, o JN.

terça-feira, 13 de março de 2007

E NÃO HÁ RESPONSABILIDADE?

Como sempre, comparemo-nos com a Espanha. Portugal e Espanha são membros da União Europeia a partir do mesmo dia. A Espanha, capaz de escolher políticos competentes, prosseguiu na senda do desenvolvimento e progresso. Portugal, habitado por idiotas, que são os portugueses no seu conjunto e totalidade, que sempre foram incapazes de, desde essa data, escolher um único dirigente político competente, afundou-se. Só escolheu tipos que se limitaram a gerir os seus gangs pessoais e clubistas, desbaratando o país e engrossando as fortunas das claques.
Mas porque é que ninguém em Portugal pergunta quem foi ou foram os responsáveis pelos desastres sucessivos de governação que levaram o país a este estado? E conhecidos os responsáveis porque é que não são devidamente responsabilizados e punidos? A instauração da pena de morte só para políticos era algo exagerado?

segunda-feira, 12 de março de 2007

UM FIM PARA PORTUGAL?

«E se o Cavaco falhar, as reformas serão feitas fora do regime democrático. Às vezes não temos noção da fragilidade da situação. se falharmos, daqui a dois anos estão a dizer-nos: saiam do euro se faz favor, e a seguir , talvez, saiam da UE. Podemos vir a ter um destino argentino.»
Disse o Miguel Júdice em entrevista À Única do Expresso de Sábado. Eu ando a dizer isto, mais ou menos há já bastante tempo, mas dito por ele tem outra "luminosidade". Mas este fim de semana teve mais ditos interessantes. Foi um fim de semana produtivo. Vejamos mais.
«Fazer reformas, sem qualificar propósitos ou objectivos, é hoje sinónimo de boa política. (...) Por um lado, cresceu sempre a mitologia das reformas: é preciso fazê-las, muitas e depressa, cada vez mais, doa a quem doer. Por outro, foi-se perdendo o sentido final das mesmas. Em simultâneo, consolidou-se uma espécie de liturgia, com as suas regras. (...) A energia reformista, sem qualificação, tem tanto de louvável quanto de perigoso. »
Disse o António Barreto, ontem, no Público.
«O país vive uma terrível crise de auto-estima. De cada vez que um de nós vai a Espanha traz mais histórias demonstrativas da diferença de ritmo. »
Disse o Miguel Júdice, na Sexta-feira, no Público. E esta de fazermos a comparação com a Espanha já é algo muito batido neste blog. Mas é sempre bom insistir. A Espanha vai no seu 3º primeiro ministro constitucional pós 1975. Em Portugal já houve vários individuos sentados nessa cadeira, sem que algum deles alguma vez fosse um verdadeiro primeiro ministro cuidando dos interesses do país. Azar o nosso? Não. Se os portugueses não prestam, os ministros reflectem isso mesmo. É tudo da mesma massa. Se por acaso ouvirem os fóruns onde os cidadãos debitam opinião acerca de tudo, percebem logo que, para além da queixa legítima, tudo o resto é uma pobreza mental. Há um atraso conjuntural e estrutural da população que é a razão de ser do estado actual do país. «O atraso português. O meu objectivo nos anos que me restam é lutar contra o arcaísmo português que é uma hidra de sete cabeças», disse o Júdice na cita da entrevista ao Expresso.Quanto a mim não há solução. Um destino como o da Argentina? Pior, porque a Argentina já conseguiu dar a volta, o que Portugal nunca conseguirá fazer. Se a auto-estima já é muito má, com a qualidade de vida a agravar-se tenderá a ser pior e irreversível. Vencidos da vida? Não. Não há repetição. Irá haver, sim, extinção. Repito o lema deste blog:«mais cedo ou mais tarde, esta mistura explosiva de ignorância e de poder vai rebentar-nos na cara.»

domingo, 11 de março de 2007

BLOG DA LIVRARIA SOLMAR

A livraria Solmar já tem um blog. O link fica aqui ao lado para os distraídos.

A VOZ DA RAZÃO

Neste post do preciso e atento Jorge Rojas, podemos antever com acuidade os problemas que aí se aproximam.

sábado, 10 de março de 2007

HONRA AOS EX-COMBATENTES

Soube agora que a Liga dos Antigos Combatentes vai empenhar-se em trazer os corpos dos caídos no antigo ultramar, e lá enterrados, para as terras que os criaram. Honra a esses caídos. Desonra a um país que não trata com dignidade os seus ex-combatentes. E nunca esqueceremos uma forças armadas, a instituição militar, que se esqueceu dos homens que passaram pelas fileiras. A instituição militar esquece-se com muita facilidade que se existiu foi foi para serviço do país e não para ser servida pelos cidadãos do país. Não esqueço e não perdoo. Lembro-me sempre de ex-combatentes que sofreram o que Deus sabe e que hoje vivem abandonados e sem condições, embora as mordomias para os actuais militares sejam escandalosas.
Honra aos que caíram e aos que lutaram numas Forças Armadas que acabaram quando a instituição militar deixou de ser digna da herança do valor de homens que ao longo de séculos lutaram pelo país com orgulho e dignidade. Desprezaram os ex-combatentes. Só cuidam das suas mordomias e sobrevivência.

SEMPRE A BOA ORDEM REPARA MUITO DANO

Deste salutar princípio se deriva ser necessário conhecer os domésticos que o servem, principalmente os que estão encarregados das despesas da sua real casa, escolhendo um fiel controleur ou revedor de suas contas, para escrupulosamente as examinar e a cada três meses as possa pôr diante do príncipe, e então as aprove. Bem sei que esta precaução em uma casa real não poderá evitar todos os descaminhos, pois são tantos a furtar e um só a prevenir os furtos disfarçados com outros nomes; porém sempre a boa ordem repara muito dano.
Do Testamento Político de D. Luís da Cunha.

É NECESSÁRIO RESPONSABILIZAR OS POLÍTICOS PELOS ERROS QUE COMETEM, E QUE TODOS PAGAM.

Hoje o Público, no Editorial, avança na linha do post que aqui coloquei na passada Segunda -Feira. Bem hajam. Ainda é pouco, mas começa-se a fazer caminho.

sexta-feira, 9 de março de 2007

HÁ SEMPRE UM FIO CONDUTOR

Há sempre um fio condutor. Foi o que encontrei na legenda desta foto, que encontrei no Domingo, à venda, a caminho do Nordeste. Reparem bem na data.
O Nuno Barata colocou um post sobre este "fio" lá no seu FOGUETABRAZE, de um artigo que escreveu na FACTOS.
Era bom que as pessoas conseguissem perceber o porquê do fio. Se não o conseguirem só barafustam à toa, como está a acontecer com um tal pseudo concurso. O problema está nos portugueses e não numa ou noutra pessoa. E, historicamente, os portugueses nunca foram lá muito bons para a democracia.
PS: Um bom encontro nas Furnas para os bloguistas lá presentes. Infelizmente não posso estar presente.

segunda-feira, 5 de março de 2007

E NÃO HÁ NINGUÉM RESPONSÁVEL POR ESTA BURRICE E ESBANJAMENTO?

Os novos sistemas de pagamento por Multibanco junto das patrulhas da Brigada de trânsito da GNR são ineficazes. Disse o Secretário de Estado que iriam ser substituídos por terminais de computador mais modernos, eficientes e práticos.

Mas impõe-se a pergunta que ainda não vi nem ouvi ninguém fazer: Então não há responsável pelo descalabro?

Sim, se ninguém experimentou bem o sistema antes de o comprar? A quem interessa estes negócios? Quem vai pagar este esbanjamento? E a perda de tempo? Ninguém é punido, despedido, responsabilizado?

Mais uma vez a culpa morre solteira. Este país já não tem solução. Nem emenda.