sábado, 19 de abril de 2008

SE O PAÍS NÃO SE ORGULHA DE SI ... ...


É óbvio que não pode passar da cepa torta. Os portugueses estão cada vez mais mesquinhos e pouco solidários. E sempre muito burgessos. Não há forma de evoluir neste quadro. Ou mudam as atitudes perante a vida e perante os outros e a sociedade em geral, ou o futuro será uma triste história.
Há falta de solidariedade entre os portugueses. Existem grupos que têm mais capacidade de reivindicar, exercendo até chantagem, e pouco se importando com os outros, ou com o que os outros terão de pagar para eles poderem viver bem melhor do que os que, obrigatoriamente, têm de os sustentar. E o país também não é uniformemente solidário. Já por aqui o tenho afirmado. Vivemos tempos de egoísmo acérrimo e feroz. A maneira como o país trata o interior é reveladora do mau carácter de uma parte da população portuguesa. Retiram-lhes tudo o que é possível retirar, como escolas, hospitais e demais estruturas necessárias. Depois para irem buscar electricidade destroem-lhes a paisagem e os recursos, danificando o meio ambiente. É o caso da barragem no Tua. Não faz falta nenhuma aos que por lá vivem, mas sim aos de Lisboa. Mas não fazem nenhuma barragem que destrua Lisboa e arredores. Destroem o interior. Lisboa e arredores absorvem tudo o que podem do país. E nada dão em troca. A solidariedade nacional há muito que morreu. Assim como a verdade sobre o estado do país. Bem como a honra que antigamente se fazia questão de se exibir. Assim morreu a esperança no país. Não há nada para se exibir como orgulho. Alguns ainda falam do passado, mas isso fica tudo contido num livro de 400 a 600 páginas, algures numa prateleira, que os mais novos já não lêem.

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