terça-feira, 19 de agosto de 2008

AINDA A PROPÓSITO DO POST ANTERIOR

Do que eu disse no post anterior, queria aqui realçar com o que disse Luís Nunes, treinador de trampolins, e que li no Público, aqui, e que destaco:

A falta de condições dos atletas em Portugal é, segundo o chefe da equipa olímpica portuguesa de trampolins, reflectido nos resultados dos Jogos Olímpicos. Para Luís Nunes este desnível torna irrealista esperar grandes resultados da equipa portuguesa.
"Em Portugal continuamos a brincar um bocadinho ao desporto. Continuamos a ter a sorte de ter uns cogumelos, como alguém disse, atletas que aparecem de vez em quando e que fazem resultados óptimos em alguns desportos", considerou Luís Nunes em conferência de imprensa na Aldeia Olímpica de Pequim.Por isso, conclui o técnico, é irresponsável pôr tantas expectativas em cima da equipa olímpica quando falta seriedade ao desporto nacional. Um exemplo simples é a inexistência da carreira nacional de treinador. “Seria impensável deixarmos de ser professores e deixar os nossos lugares nas escolas para nos dedicarmos exclusivamente aos trampolins. Só se fosse para rir", explicou.O treinador queixou-se dos media, por aumentarem as expectativas das pessoas e pôr os portugueses à espera de medalhas. "Foi escrito, foi dito pelos media que os trampolins são uma das modalidades que não se deve descartar em termos de atingir resultados de excelência. Quem escreveu, quem disse, quem inventou isso deveria ser responsabilizado", afirmou Luís Nunes que treina Ana Rente, Diogo Ganchinho, ambos a representarem Portugal em Pequim. Na quarta-feira, em declarações ao jornal PÚBLICO, o chefe da missão olímpica portuguesa, Manuel Boa de Jesus afirmou que "temos portugueses entre os 16 melhores do mundo, em masculinos e femininos. Qualquer um deles pode ir a uma final".Luís Nunes pediu hoje calma e afirmou que o objectivo da participação portuguesa deve ser "exequível", realçando que com as condições de treino existentes, Portugal não é favorito em trampolins e que se os principais adversários "fizerem o seu melhor e nós fizermos o nosso melhor, eles ganham" "É verdade que estamos entre os melhores do mundo, mas dentro do sistema que está implementado em Portugal estamos longe de ter as mesmas condições que os outros ginastas têm nos outros países", disse. "Quando colocamos as fasquia lá em cima, a falar em números de medalhas a conquistar -- tudo bem, é um discurso ambicioso que fica bem - mas pode depois dar nisto", alertou ainda o chefe da equipa de trampolins.

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