segunda-feira, 22 de setembro de 2008

VISÕES

Num artigo também publicado no Journal of Public Economics, deparei com uma visão bastante mais crua sobre o assunto. Francesco Casellia e Massimo Morelli, professores em Harvard e em Ohio, consideram duas dimensões na qualidade de um político: honestidade e competência. Como os cidadãos competentes têm maiores probabilidades de sucesso numa carreira privada do que os incompetentes, é de esperar que os mais inaptos se sintam mais atraídos por uma carreira política. Ou seja, os profissionais capazes têm mais a perder ao abandonar o sector privado. Considerando a outra dimensão, a da honestidade, mais motivos existem para preocupações. Sendo incontestável que ninguém enriquece, honestamente, com a política, também não deixa de ser verdade que é possível auferir grandes dividendos se os cargos forem exercidos desonestamente. Isto significa que, em termos comparativos, os corruptos têm mais a ganhar com uma carreira política.
De Luís Aguiar-Conraria, no blog «A destreza das dúvidas». A ler tudo aqui .

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