quarta-feira, 22 de abril de 2009

A REALIDADE

A distância entre esta programação e o entendimento dos atingidos pela crise da economia real, tem a sua expressão nos milhares de manifestantes e polícias que entraram em violentos confrontos nas ruas de Londres, na ocasião da chegada dos líderes mundiais, os quais não podem, ou não devem, ignorar o facto. Aquilo que os cerca de 35 mil manifestantes tornaram claro, sem grandes apoios teóricos de grandes nomes, foi que a realidade se traduz no alargamento da geografia da fome, nas falências, no desemprego catastrófico em crescimento global.
Que tenha sido enunciada uma política renovadora não se verificou, e não vai ser nem fácil nem rápido conseguir uma formulação que evite a concretização das piores consequências que o FMI previu para a crise. Mas a chamada de atenção para que qualquer solução seja organizada a partir da realidade, e que não parece eficiente pretender dominar a realidade pela imaginada limpeza do sistema que entrou em disfunção, exige uma intervenção, essa limpa das responsabilidades pelos erros e pelas faltas, que conheça as dificuldades de enfrentar uma realidade complexa, que talvez sem exagero se deva considerar caótica.
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Adriano Moreira, no DN.
E já agora vale a pena reler este post aqui

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