sexta-feira, 31 de julho de 2009

SOMOS CRIATIVOS A EXCLUIR, MAS INÁBEIS A INCLUIR.

In o "Vendedor de Sonhos" de Augusto Cury.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

AMADORISMO

Pois, é isso o que mais se vê por aí. E compadrio, daquele mafioso. A mistura perfeita para resultar em incompetência. Por isso não sei porque que é que os cidadãos andam por aí a admirarem-se com o que acontece (mal). E estupefactos pelo que não acontece bem. Lerdos e acomodados, os cidadãos permitiram que eles se instalassem, pelo que só lhes resta desinstalá-los. Ou continuarem acomodados e ficando estupefactos, dia após dia, aconchegados no sofázinho. Ah! Aquela televisão entorpecente.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

DIGA NÃO À ABSTENÇÃO. VOTE EM BRANCO

Não se abstenha. Expresse a sua opinião de forma democrática. Vote em branco. Não tem ninguém em que valha a pena votar, vote em branco. Se votarmos em branco expressamos oficialmente o que achamos dessa gentinha que ocupa os lugares da militância partidária e da administração pública.
Faça campanha pelo voto em branco.

sábado, 18 de julho de 2009

AS ANGÚSTIAS DO MUNDO ISLÂMICO


Eu penso que o mundo islâmico tem as suas razões para reagir contra o mundo ocidental. Sente-se ameaçado. Não belicamente. Não é isso que temem. O que temem é a ausência de valores que inunda hoje o mundo ocidental. Os comportamentos das sociedades no ocidente. As juventudes desnorteadas e à deriva. O âmago da família atingido. E a divulgação disto tudo, de forma agressiva, pelos meios de comunicação. É o que os ameaça, a falta de valores, e que temem que os atinja no seu seio. Por isso reagem. Mal. Mas reagem. Nada obriga a que uma reacção seja obrigatoriamente boa. Mas temem, e muito, que a falta de valores os conspurque. As sociedades, na esteia do post anterior, teriam de saber lidar com estes problemas. As sociedades, mas sem deixar intervir os políticos, pois, actualmente, são gente despida de valores, logo não confiável. Analisem bem a decadência de Roma. Está lá tudo. O politicamente correcto, e de forma snob aceite, não é um padrão que o mundo islâmico acate de ânimo leve. E voltaremos aqui, ao tema, pela demografia.

terça-feira, 7 de julho de 2009

APENAS INCREMENTARÃO A LUTA

Amigos, penso que cada um de nós está aprisionado seja num problema religioso seja numa luta social ou num conflito económico. Cada um de nós está a sofrer pela falta de compreensão destes variados problemas, e tentamos resolver cada um deles por si; isto é, se têm um problema religioso, pensam que o vão resolver pondo de lado o problema económico ou social e centrando-se inteiramente no problema religioso, ou se têm um problema económico pensam que vão resolver esse problema económico limitando-se inteiramente a esse conflito específico. Ao passo que eu digo que não podem resolver estes problemas por si sós; não podem resolver o problema religioso por si só, nem o problema económico nem o problema social, a menos que vejam a interrelação entre os problemas religiosos, sociais e económicos.
Aquilo a que chamamos problemas são meramente sintomas, que aumentam e se multiplicam porque não agarramos a vida toda como uma coisa só, mas dividimo-la em problemas económicos, sociais ou religiosos. Se olharem para todas as variadas soluções que são oferecidas para os vários padecimentos, verão que lidam com os problemas em separado, em compartimentos estanques, e não tomam os problemas religiosos, sociais e económicos compreensivamente como um todo. Ora é minha intenção mostrar que enquanto lidarmos com estes problemas em separado apenas aumentamos o desentendimento, e portanto o conflito, e desse modo o sofrimento e a dor; até que lidemos com o problema social e com os problemas religiosos e económicos como um todo compreensivo, não dividido, mas de preferência vendo a ligação delicada e subtil entre aquilo que chamamos problemas religiosos, sociais ou económicos – até que vejam esta ligação real, esta ligação íntima e subtil entre os três, seja qual for o problema que possam ter, não o vão resolver. Apenas incrementarão a luta. Embora possamos pensar que resolvemos um problema, esse problema surge novamente de uma forma diferente, e assim vamos através da vida resolvendo problema após problema, luta após luta, sem compreender totalmente o pleno significado do nosso viver.
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Jiddu Krishnamurti
Auckland, Nova Zelândia - 1ª palestra 28 de Março, 1934. Do site que já citei anteriormente.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

TENHO VISTO MAIS MISÉRIA DO QUE NUNCA

A minha afilhada Ana, que é uma alma boa e generosa, pura e cândida, escreveu-me da Argentina, onde está a fazer um ano lectivo da sua licenciatura numa versão parecida com o Erasmus, a relatar-me uma sua experiência. Deixo-vos o relato. Puro. Como ela.

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http://www.untechoparamipais.org.ar/espanol/index.php
É no que ando metida este ano.

Tenho visto mais miséria do que nunca, mas vejo também uma enorme vontade de vida. Continuo a achar o mesmo, que a pobreza e desgraça não são tudo o que devemos ver, apesar de ás vezes ser tão chocante que quase nos cega. Mas nestas mesmas realidades existe a enorme esperança e vontade de viver daqueles que não têm quase nada, isso também deve ser visto e, do meu ponto de vista, esse deverá ser o grande ensinamento que devemos levar para o nosso quotidiano.

Este ano tenho visto muita coisa horrível. Poderia levar daqui uma revolta contra a forma como vivemos, a forma como se faz e discute politica sem se falar daqueles que continuam sem ter onde morar, das crianças que continuam sem ir a escola, das famílias que nem sempre têm o que comer.

Mas esta organização mostra-me mais que isso, mais que o esquecimento da sociedade, mais do que a desgraça destas pessoas. Mostra que jovens por toda a América latina acreditam num futuro melhor, mostram as famílias que não desistem.

Construir uma casa de raiz foi algo incrível: cavar, por estacas no chão, levantar paredes e fazer um tecto. Trabalhar com as mãos e saber o peso das coisas. Mas foi mais que tudo isto.
Ao ser recebida no seio de uma família, e juntos construir a sua casa, pude falar sobre as diferentes realidades em que vivemos. O estado em que vivem é triste. São imigrantes, moram entre dois bairros sociais, uma estação de tratamento de gás e um campo de tiro. Ele é cantoneiro, trabalha noites inteiras para receber dois euros, ela toma conta de uma senhora idosa e ganha pouco mais que isto ao dia. Têm filhos.
Apesar de nem sempre terem o que comer e de, durante as obras, levarmos a nossa própria comida, fizeram pratos típicos dos seus países, ofereceram tudo o que tinham em casa. Depois do segundo dia com eles, criou-se um enorme carinho, que ganhamos entre todos, e abateu-se uma tristeza sobre os voluntários. Como é possível que se viva assim? Como é que é termos tanto e eles tão pouco? E foi a própria família que nos animou, mostrou a felicidade de estarem juntos, de apesar de que tudo nas suas vidas ser difícil, que conseguem sempre alimentar os seus filhos, que quando tudo parece pior aparecem pessoas como nós que os ajudam. Não nos olhavam com despeito, apontavam para nós como exemplos que os seus filhos deveriam seguir.
A Esther e o Helder continuam a sorrir, cantar e a contar aquele momento em que os conhecemos como uma coisa positiva.

Aquela miséria pode-me marcar, mas a marca dos sorrisos daquela gente por ter um tecto marcou-me mais!

Depois disto voltamos ao mesmo bairro para construir mais casas, pintar as que já construímos, começar actividades de apoio à comunidade, e em tudo isto tivemos a colaboração de todos os que ajudamos da primeira vez.

Continuo a achar que a miséria não é um fim. É um início.

Sei que é importante que alguém discuta economia e politica. Que alguns de nós têm de governar países e que isto é mais abrangente que o individuo que parece esquecido. A mim continua a interessar-me mais a vida de uma ou duas famílias que conheço, pois o que me mostram continua a ser mais relevante. Todos têm um papel igualmente importante na sociedade em que vivemos.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

UNE NOUVELLE FAÇON DE PENSER LE MONDE

Ela [a Europa] tinha igualmente sucumbido aos furores do mundo da técnica, à voracidade do «Progresso». A agressão feita à Natureza para a pilhar e a explorar para lá de toda a razoabilidade terá mais tarde as consequências. É uma tragédia que se confunde com a história do Ocidente moderno. Viu-se os efeitos desse excesso durante as duas guerras mundiais. Vêm-se actualmente na colocação em perigo do planeta, submetido à ideologia do crescimento.
(Tradução minha, e muito livre.)

Do Editorial de «LA NOUVELLE REVUE D’HISTOIRE», Nº 42 DE 2009, por Dominique Venner.

Que nos remete para Hervé Juvin, «Produire le Monde. Pour une croissance écologique, Le Débat.» 2008.

O editorial termina assim:
Perspectives [do ensaio de Juvin] qui impliquent le primat du collectif sur líndividuel et la soumission de l´économie au politique, autant dire une revolution intellectuelle majeure. Le but n’ étant plus de percer les secrets de la Nature pour l’ asservir, mais pour la sauver. Et nous avec.