quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

AGORA LIDAMOS COM UM PÚBLICO CONSUMIDOR E JORNALISTAS VENDEDORES

Entre 15 e 18 de Novembro de 2010 houve "the 4th edition of the International Symposium on Journalism and Information" em Estrasburgo. Philippe Lefait disse: «Encontramo-nos numa fase crítica. Antigamente os cidadãos eram questionados pelos jornalistas. Agora lidamos com um público consumidor e jornalistas vendedores.» In "Courrier Internacional".

domingo, 9 de janeiro de 2011

PACIFISMO NÃO GARANTE PAZ

Já tenho referido muitas vezes esta questão. O fim do serviço militar obrigatório, a falta de qualidade da instrução pública e o seu fraco grau de exigência, a que se junta a deterioração da qualidade da política e dos politicos, irão provar que o título deste post é exequível a não muito longo prazo.
E falo nisto por causa do artigo do Prof. Adriano Moreira "Entre a Paz e a Ameaça" publicado no DN em 23.11.10. E dele destaco esta frase:
«o espírito europeu pareceu subitamente convertido ao pacifismo secularmente pregado sem êxito»

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

LUCIDEZ REFLEXIVA

Próprio do intelectual, no mais autêntico sentido da palavra, foi sempre opor a reflexão - liberdade do pensamento que se pensa pensando o próprio e o alheio -, à pressão das forças ou dos poderes dominantes no tempo e no lugar. Para sermos mais rigorosos, deveremos antes dizer: à pressão da dialéctica das forças ou dos poderes dominantes. Efectivamente, há uma dialéctica impositiva que atrai muitas pessoas a rejeições e opções, mas que a lucidez reflexiva, quando não a sabedoria arcaica ainda vivaz no inconsciente colectivo, mostra processar-se tangencial ao pleno movimento do homem, do cosmos e do espírito.
(...)
Nos países ibéricos ou ibero-americano, tal dialéctica de irreflexões ou des-razões, provocada pelo desequilíbrio de uma educação que deixou de estar vinculada à filosofia para se enfeudar à política, enquanto esta se absolutizou como fim, foi a responsável pelo estado de guerra total ou virtual em que passámos a viver a partir de meados do século XVlll.
Dois trechos retirados do prólogo de «O ESPÍRITO DA CULTURA PORTUGUESA», de 1966. Uma grande obra de um GRANDE português: António Quadros. Ao lado está um link para um blog que lhe é dedicado. Recomendo a leitura, na integra, desse prólogo. E depois o livro todo, obviamente. Só estes dois trechos dão para uma reflexão sobre a política e sobre a instrução pública. E podemos aquilatar do desastre que foi o tratamento displicente da disciplina de filosofia no ensino.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A CONTENÇÃO NÃO É SUFICIENTE SEM AUMENTO DE RIQUEZA

Se não se for inovador de forma a aumentar a riqueza nacional, aumentar o produto e incrementar o valor acrescentado, não há salvação só com a contenção da despesa. Os aumentos dos impostos, sobretudo do IVA, fará com que haja uma forte contracção no consumo, logo um aumento ainda maior de desemprego, que não atinge a função pública, sempre protegida na despesa, pois terá sempre que haver dinheiro para pagar os seus ordenados. Lembro mais uma vez que as médias das pensões dos trabalhadores é de 397 Euros (ver aqui) e a média das pensões dos funcionários públicos é de 1.346 Euros (ver aqui). Esta diferença explica muita coisa, para além de que, e reforço, os funcionários públicos não sofrem o desemprego. Alguém anda a ser penalizado para a existência deste abismo.