Reactivei hoje. Passaram 7 anos de interregno. Desde o último post muita água passou debaixo da ponte. Portugal não melhorou e o mundo muito menos. Retorno hoje por causa uma reflexão do Professor Marcelo Rebelo de Sousa, actual Presidente da República. Julgo que ele já se apercebeu que com tanta exposição e tanta afectividade, deixou de ser ouvido. É o que acontece quando uma pessoa aparece demasiado e dá palpites sobre qualquer coisa e sobre tudo. Já não lhe ligam, e só o querem para abrilhantar eventos. Também já canta em eventos musicais. Mas por tudo isto, e porque reflectiu preocupações, viu-se impelido a escrever um artigo de opinião no Jornal Público, em 16 de Junho de 2018 sobre as assimetrias entre o resto do país e a Grande Zona Metropolitana de Lisboa, a falta de solidariedade entre nacionais e a viabilidade do país. Podem ler o artigo aqui. O Professor Marcelo Rebelo de Sousa está muito
consciente da ameaça que paira sobre a viabilidade de Portugal, e teme, com
muita pertinência, que o país claudique no seu desempenho. Destaco aqui duas passagens do artigo: “Até ao
fim da próxima legislatura se perceberá se somos ou não capazes de corrigir as
assimetrias existentes, de ultrapassar as desigualdades que teimam em
permanecer” ; “ Se formos
capazes de fazer reviver até 2023 o que importa que reviva, Portugal será
diferente. Se não formos capazes perdemos uma oportunidade histórica e
condenamos alguns portugáis a
serem muito ignorados, muito esquecidos, muito menosprezados e isso significa
que falhámos como país”. Será que vamos falhar? Eu não sou um optimista. Mas também não vejo optimismo no artigo do Presidente. Só uma chamada de atenção, onde nem esperança vislumbro.
sexta-feira, 20 de julho de 2018
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