sexta-feira, 31 de agosto de 2007

A DEMOGRAFIA! O JOGO!

Parafraseando também poderia dizer que é a demografia, estúpido.
Mas uma pequeníssima lição de geoestratégia. E vou usar a linguagem do futebol, porque parece que é a que é susceptível de ser percepcionada por mais cidadãos. Um estádio de futebol com capacidade para 60 mil espectadores. No campo duas equipas de onze jogadores e uma equipa de arbitragem de tipo neutro. Nas bancadas 50 mil são adeptos de uma equipa e 10 mil da outra. Se não houver tensões entre os adeptos, tudo decorrerá bem independentemente do resultado do jogo. Mas se houver, como se forem duas comunidades diferentes, então os 50 mil dominarão os outros 10 mil. E com facilidade.
Se a Europa for esse estádio, os europeus genuínos e de cultura tenderão, em menos de um século, a serem os 10 mil. Os necessários emigrantes, de outras culturas e mentalidades, serão os 50 mil. Os europeus não se reproduzem o suficiente, bastante, porque não querem, porque não podem, porque financeiramente incomportável, porque os novos estilos de vida, social e laboral, são deveras impeditivos, ou simplesmente porque estamos a regurgitar a decadência do Império Romano, pelo que as consequências se podem palpitar. Não há espaços vazios nem almoços grátis. Quem não se quer defender, será atacado e dominado. É uma regra dos tempos. E enquanto houverem tempos a regra existirá.
Já agora leiam, hoje no Público, o excelente artigo de Luís Campos e Cunha, Falemos do Nada.

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