quinta-feira, 17 de julho de 2008

SURPRESA?

Foi este segundo caminho que Portugal percorreu, obviamente. E onde é que esse caminho nos levou? O próprio Constâncio o antecipou nesse discurso de Fevereiro de 2000: "Se e quando o endividamento for considerado excessivo, as despesas terão que ser contidas, porque o sistema financeiro limitará o crédito. O equilíbrio restabelece-se espontaneamente, por um mecanismo de deflação das despesas, e não têm que se aplicar políticas de ajustamento. A ressaca após um forte endividamento pode ter consequências recessivas." Esta recessão - que tecnicamente ainda não o é - adivinhava-se há oito anos e nada de relevante fizemos para a evitar. Surpreendidos com quê, afinal?
Do editorial do Público, de hoje, por Paulo Ferreira.

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