terça-feira, 6 de janeiro de 2009

A DESCONFIANÇA

Adriano Moreira, hoje, no DN:
Ao mesmo tempo, a erosão da confiança dos cidadãos nos responsáveis pelas instituições democráticas vigentes nos países em que a adesão ao modelo é antiga e sem alternativa credível cresce de evidência.
(...)
Que das eleições decorra a autoridade confiável dos escolhidos é uma evidência posta crescentemente em dúvida por várias latitudes, ou que fica dependente de demonstração.
(...)
A abstenção nas urnas perde o significado da indiferença quando os movimentos cívicos atípicos se multiplicam e conseguem audiência, com tendência para ultrapassar as fronteiras nacionais, mas para ali se encontrarem com a desgovernança internacional. Os novos meios de comunicação fornecem apoio às imaginações, desafiam o isolamento dos cidadãos que se afastam dos modelos tradicionais de intervenção, alertam para a necessidade de solidariedades, forçando uma linha entre o desencantamento e o renascimento da esperança.
E, também no DN, Mários Soares disse:
Mas foi também um ano de mudança, porque temos de procurar um novo paradigma, visto que, manifestamente, o que tínhamos não serve. Trouxe corrupção, numa escala nunca vista, falências, desconfiança, desemprego, desigualdades, mais pobreza, e quem sabe se trará ainda revoltas, fruto do descontentamento...

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