quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A EUROPA IRÁ EMPOBRECER, INEVITAVELMENTE, PORQUE DESCUROU A EXIGÊNCIA NO ENSINO

A Europa, ao longo das três últimas décadas, descurou a exigência no ensino. Isso vai ter um preço caro, melhor dizendo, já tem. A Europa vai precisar de trabalhadores muito qualificados se quiser manter o nível de vinha que vinha tendo. Ora com a qualidade de ensino que gerou isso não vai ser possível. E o processo de Bolonha, para os países que aderiram, a nível universitário, foi um desastre. Para além dos semestres que reduzem para metade o tempo útil de ensino e aprendizagem.
Em Portugal as equivalências, o facilitismo do passar de ano, enfim, oferecer-se um diploma por tudo e por nada, não leva a que haja trabalhadores muito qualificados, antes pelo contrário. A falta de exigência do ensino reflecte-se na qualidade da produção, quer a nível de empregados, quer a nível de empresários. Produção baseada em produtos com pouquíssimo valor acrescentado e salários miseráveis leva sistematicamente ao empobrecimento. E o empobrecimento leva sempre à dependência. Países dependentes dos mercados financeiros fazem com que estes mercados se abasteçam directamente dos impostos dos seus cidadãos.
Claro que o facilitismo no ensino gerou políticos incompetentes, que, ao reproduzirem-se, geram o empobrecimento dos países. A necessidade de trabalhadores muito qualificados na política também se faz sentir, e muito, na política dos países.

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