quarta-feira, 11 de junho de 2008

A DESESPERANÇA DA JUVENTUDE

Muitas vezes temos por aqui divagado sobre o futuro, se é que o futuro seja algo sobre que possamos divagar, sobre os anseios e frustrações da juventude. É um tema recorrente. Ontem o Presidente da República referiu que um país onde as instituições não sejam fiáveis, que não cresça e não inove, criando riqueza e oportunidades para todos, que não tenha uma escola de onde saiam elites capazes de integrar a sociedade do conhecimento e lidar com as tecnologias mais avançadas, nem confia no seu próprio futuro, dificilmente vencerá. Mas ele foi 1º Ministro durante anos e teve um Ministro da Educação que foi o Couto dos Santos. Já o devia ter entendido então.
E lembrei-me de Lawrence Grossberg. Da Actual do Expresso, de Sábado passado, de um texto de António Guerreiro, destaco um trecho significativo:
Hoje, as pessoas não só acham que não vale a pena gastar dinheiro com os jovens como há mesmo uma ideia bastante difundida de que são potencial­mente criminosos. A imagem idealizada da juventude dissociou-se dos próprios jo­vens.» E acrescenta: «O futuro entrou em colapso, desapareceu ou já só existe como imagem catastrófica. Os estudantes, e os jo­vens em geral, têm um grande receio, quan­to ao seu futuro, coisa que não acontecia na minha geração. E esta luta pelo futuro con­some tudo. O problema, hoje, é o da sobrevi­vência, não há espaço nem tempo para a imaginação.»

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