Muitas vezes temos por aqui divagado sobre o futuro, se é que o futuro seja algo sobre que possamos divagar, sobre os anseios e frustrações da juventude. É um tema recorrente. Ontem o Presidente da República referiu que um país onde as instituições não sejam fiáveis, que não cresça e não inove, criando riqueza e oportunidades para todos, que não tenha uma escola de onde saiam elites capazes de integrar a sociedade do conhecimento e lidar com as tecnologias mais avançadas, nem confia no seu próprio futuro, dificilmente vencerá. Mas ele foi 1º Ministro durante anos e teve um Ministro da Educação que foi o Couto dos Santos. Já o devia ter entendido então.
E lembrei-me de Lawrence Grossberg. Da Actual do Expresso, de Sábado passado, de um texto de António Guerreiro, destaco um trecho significativo:
E lembrei-me de Lawrence Grossberg. Da Actual do Expresso, de Sábado passado, de um texto de António Guerreiro, destaco um trecho significativo:
Hoje, as pessoas não só acham que não vale a pena gastar dinheiro com os jovens como há mesmo uma ideia bastante difundida de que são potencialmente criminosos. A imagem idealizada da juventude dissociou-se dos próprios jovens.» E acrescenta: «O futuro entrou em colapso, desapareceu ou já só existe como imagem catastrófica. Os estudantes, e os jovens em geral, têm um grande receio, quanto ao seu futuro, coisa que não acontecia na minha geração. E esta luta pelo futuro consome tudo. O problema, hoje, é o da sobrevivência, não há espaço nem tempo para a imaginação.»
Sem comentários:
Enviar um comentário