domingo, 15 de fevereiro de 2009

VAI-SE DIZENDO POR AÍ

O que está de acordo com a extravagância geral da nossa vida colectiva. Ao mesmo tempo que o INE anunciava a desgraça da nossa economia, um "jornal de referência" veio explicar que, felizmente, 900.000 pessoas trabalham para o Estado e não podem por isso ser despedidas como qualquer vagabundo da "privada".
VPV, no Público, hoje.
Aqueles deputados têm os mesmos reflexos, os mesmos comportamentos e a mesma visão do mundo que um bando de hooligans em claques de futebol.
António barreto, hoje, no Público.
Que Deus possa escrever direito por linhas tortas é uma sabedoria portuguesa que Bernanos descobriu no Brasil. Não devemos, no entanto, exigir ao Espírito Santo esforços suplementares para aquilo que compete aos seres humanos. Repete-se que há falta de vocações. Não acredito. Se a vocação é dom de Deus, não se esgota facilmente. Deveríamos olhar mais para o tabu que impede caminhos de solução. Por que não reintegrar aqueles padres que tiveram de abandonar o ministério presbiteral e que estão em condições de prestar serviços relevantes para os quais foram preparados? Por que razão não chamar, ao presbiterado, homens casados que manifestam grande capacidade de serviço na Igreja? E as mulheres? Será que, por serem mulheres, Cristo não as quer ver a presidir à Eucaristia? Precisamente Ele que, segundo os Evangelhos, lhes deu com amizade o papel de comunicar, aos apóstolos, o Evangelho da Ressurreição? Se Deus criou o ser humano à Sua imagem, homem e mulher, seria ridículo atribuir a Deus uma mentalidade patriarcal. Criar um deus à imagem do masculino é criar um ídolo. O sujeito masculino não tem mais aptidão para ser chamado à presidência da Eucaristia do que o sujeito feminino.
Frei Bento Domingues, hoje, no Público.
Não parece um método tranquilizante da sociedade civil o anúncio da evolução estatística da criminalidade, sobretudo quando insiste em débeis percentagens de crescimento. As médias dizem pouco sobre a relação entre a espécie e gravidade das infracções e a insegurança efectiva dos cidadãos.
Adriano Moreira, no DN de 10.02.2009

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