Nos tempos que correm cada vez mais me interrogo se esta saga civilizacional (ocidental) está a ter sucesso. Os valores humanisticos, democráticos, de solidariedade social, de liberdade harmoniosa e culturais estão a ser bem difundidos e assimilados? Julgo que não. Parece-me que há um rotundo fracasso. A violência sobre as crianças e sobre as mulheres demonstram isso. O incremento da pedofilia e sua impunidade demonstram isso. A ganância desmedida e o lucro injusto espelham isso. A hipocrisia com que os estados interagem, bem como a democracia que evangelizam, gritam isso mesmo.
Que valores são hoje tenazmente defendidos pela dita civilização ocidental? Cada um que se interrogue.
Mas quando a violência doméstica tem um crescimento desmedido, só pode significar fracasso. O urbanismo actual não conseguiu absorver as ansiedades das populações nem moldar os valores que o saneamento de conflitos sociais das aldeias continham. A moderação social aldeã, em qualquer parte do mundo, e em qualquer esquema civilizacional, manteve uma sanidade no seio das sociedades locais. Perdido esse equilíbrio a favor das grandes urbes, perdeu-se, também, algures, os desígnios da civilização. As crises, e não exclusivamente as financeiras, são fruto desse desnorte de moderação. Algures, por aí, as elites pensantes foram sufocadas. O supérfluo é que é dignificado e a ignorância valorizada. A factura está a ser passada. O recibo vem aí a caminho. Sempre, sempre a FÉNIX.
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