segunda-feira, 23 de abril de 2007

ERROS NOSSOS, MÁ FORTUNA.


Continuamos a sofrer políticos a quem lhes falta tudo, para exercerem os magistérios, com dignidade. Continuamos a sofrer. Mas a verdade, crua e dura, é que fomos nós todos, portugueses, que os fomos escolhendo e caucionámos as suas acções. Os erros são nossos. Ou por ignorância, ou por comodismo, ou por estratégia de querer um ambiente permissivo à manutenção de mordomias injustas e caras, ou por demissão cívica, ou ainda porque somos uma cambada de golpistas medíocres, sempre à espera de migalhas da mesa do poder que, de forma ignóbil e humilhante, vão deixando cair aqui e ali. Mas os erros são nossos. Nem nos merecemos. A esperança, já não no sucesso, mas pelo menos numa saída da crise, é agora quase nula. E as novas gerações não prometem grande coisa. Da maneira como foram instruídas, educadas e orientadas, não espero grandes homens e mulheres. Das gerações de ideais, protagonizadas pelos estudantes das décadas de 60 e 70 do século XX, que ainda nos governam, recebemos a desilusão. De grandes defensores de ideais de igualdade e fraternidade, transformaram-se em manipuladores de dinheiro, corruptos e vigaristas. Mandaram os ideais para trás das costas e passaram a esfolar vivos os que queriam defender. São hoje, quase todos, peritos de negociatas torpes, fuga aos impostos, e etc., etc.. Pior, é que são o exemplo de sucesso para os jovens de hoje, que ambicionam a ter dinheiro a qualquer preço e sem escrúpulos. Ámen.
Há um artigo do Rui Ramos, que já aqui coloquei e que merece ser relido, conforme sugestão de amigo meu. E na sequência do post anterior, onde citei VPV.

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