sábado, 29 de setembro de 2007

A PERCEPÇÃO DA REALIDADE É SEMPRE MULTIDISCIPLINAR.

Há uma necessidade constante de se estar atento às interligações dos acontecimentos a nível mundial. Estando-se atentos, conhecendo-se história e entendendo geopolítica fica-se mais capaz de entender as movimentações da mudança de que todo o mundo é composto. Como comecei a fazer há cinco posts anteriores, vou deixar mais umas passagens para meditação.


O crédito tem um papel importante no crescimento económico. A capacidade de obter empréstimos aumenta grandemente a rendibi­lidade dos investimentos. A taxa de rendibilidade esperada é normal­mente superior à taxa de juro sem risco - se assim não fosse, o investimento não se faria - e, por isso, há uma margem de lucro positiva no endividamento. Quanto maior for o financiamento de um investimento, mais atraente este se torna, desde que o custo do dinheiro se mantenha inalterável. O custo e a disponibilidade do cré­dito tornam-se, assim, elementos com uma forte influência sobre o nível de actividade económica; aliás, são provavelmente os factores mais importantes na determinação da as simetria do ciclo expansão/ / declínio. Pode haver outros factores em jogo, mas é a contracção do crédito que torna o declínio tão mais abrupto do que a expansão que o antecedeu. Quando se chega à fase da liquidação forçada de dívidas, a venda dos bens dados como garantia faz diminuir o seu valor, desencadeando um processo que se vai reforçando a si próprio e que é muito mais concentrado no tempo do que a fase expansionista. Isto é verdadeiro, quer o crédito seja concedido por bancos, quer pelos mercados financeiros e garantido por bens móveis ou imóveis.
O crédito internacional é particularmente instável porque não está tão regulamentado como o crédito interno nos países economica­mente desenvolvidos. Desde o nascimento do capitalismo que tem havido crises financeiras periódicas, por vezes com consequências devastadoras. Para impedir a sua repetição, tanto os bancos como os mercados financeiros foram alvo de regulamentação. O problema é que as regras basearam-se sempre na crise anterior, e não na seguinte, pelo que cada nova crise levou a um novo avanço na regulamentação.


George Soros, in A crise do Capitalismo Global.



DIEU : « Le conservatisme a ses racines dans la religion, contrairement au libéralisme. Il est vrai que certains libéraux sont religieux, mais ils sont plus souvent laïques, athées ou agnostiques. Il se peut que quelques conservateurs (...) partagent ces vues. Pour­tant, s' il est vrai que les conservateurs peuvent étre pratiquants ou non, appartenir ou non à une Eglise, il est difficile d'étre conservateur sans étre religieux. Dans l'ensemble, les conservateurs croient en Dieu, et étant donné que les Américains sont dans leur écrasante majorité un peuple chrétien comportant une minorité juive de taille modeste mais importante, le Dieu du conservatisme américain est le Dieu des Ancien et Nouveau Testaments. Dans l'Amérique actuelle, l'engagement religieux et le conservatisme marchent de concert dans la bataille contre la laïcité, le relativisme et le libéralisme.

Philip S. Golub, in Maniére de Voir, nº 95, citando Samuel Huntington.



Es posible que Mountbat­ten y el gobierno Attlee con­sideraran que podían aban­donar la India con aquel apresuramiento, sin que los habitantes corriesen más riesgos de violencia de los que se hubiesen derivado dei mantenimiento de una presencia británica que los indios repudiaban y que los británicos no podían cos­tear; es posible que Mount­batten y el gobierno Attlee pensasen que la partición se­paraba algo tan intrincada­mente unido que los dos nuevos Dominios se verían obligados a actuar casi como una federación; pero si pen­saron esto, erraron estrepi­tosamente sus cálculos.
Cualquier esperanza de cooperación entre India y Pa­kistán pereció en medio de , la violencia que se desató en­tre comunidades durante el otono de 1947, sobre todo en las provincias partidas de Bengala y Punjab, donde al­canzaron dimensiones ate­rradoras.


Rosario DeLa Torre Del Rio, in La Aventura de La HISTORIA, nº106-ano 9.



Face à Rússia, os Estados Unidos da América podem tirar partido do realismo clássico. A UE não. O confli­to entre Moscovo e Washington po­de facilmente ser reduzido a uma pro­va de força típica do século XIX, um confronto motivado pelo controlo dos recursos naturais e o orgulho na­cional.
Mas o mesmo não se passa com a ­UE. No conceito de democracia sobe­rana, o que mais desconcerta os euro­peus é a ideia de a UE ser encarada como fenómeno temporário, expe­riência interessante, mas sem futuro. A estratégia europeia da Rússia parte do princípio de que são os Esta­dos-nação que vão determinar o futu­ro do continente.

Ivan Kastrev, in Courrier Internacional nº 128.

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