Encontramo-nos, actualmente, numa situação paradoxal: vivemos numa das sociedades mais seguras e prometedoras da História e mais obcecada com a segurança. Parece que quanto mais seguros estamos, objectivamente, mais inseguros nos encontramos e mais protecção exigimos. Vivemos um tempo de incertezas que nos tornam vulneráveis sob o ponto de vista social, económico e afectivo.
(...)
Enquanto houver guetos de pobres e condomínios fechados de ricos, é de ter medo. Para evitar o medo omnipresente, é preciso reorganizar o espaço urbano, público, onde todos se possam encontrar e enriquecer a diversidade cultural. Juntos, não teremos medo.
Frei Bento Domingues, no seu artigo "Sociedades do Medo", ontem, no Público.
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