Escreveu Pedro Santos Guerreiro, Director do Jornal de Negócios, na revista Sábado nº321 o seguinte:
A manchete de segunda-feira do Negócios é de estarrecer: no final de Novembro, uma empresa do sector têxtil recebeu dois milhões de euros de apoios públicos. Duas semanas depois, a empresa parou, entrou em lay off e, meia dúzia de meses depois, a insolvência estava consumada. Chapa ganha, chapa gasta.
O problema é que a chapa era nossa, do Estado, o que nos permite, enquanto "accionistas" involuntários, fazer perguntas. O dinheiro entrou na Facontrofa, dona da rede de 25 lojas Cheyenne, sob a forma de capital. O IAPMEI injectou dois milhões de euros, o que lhe garantiu ser dono de 40% da empresa. Antes não tivesse sido.
Se não é gestão dolosa, é de digestão dolorosa. Quem aprovou aquele "investimento" e sob que justificações? Quem lhe foi pedir explicações por ter sido enganado? Sim, porque não há outra possibilidade para esta rocambolesca história: só pode ter sido por incompetência. A alternativa é muito pior.
A azáfama eleitoralista de 2009 misturada com o pânico ante a crise e o impulso de preservar empregos (o que é diferente de salvar trabalho), centenas de empresas foram acudidas. Numas valeu a pena, noutras não. E noutras ainda, já não valia a pena antes de injectar dinheiro.
Onde estão aqueles dois milhões de euros hoje? E quantos outros milhões com eles desapareceram?
O problema é que a chapa era nossa, do Estado, o que nos permite, enquanto "accionistas" involuntários, fazer perguntas. O dinheiro entrou na Facontrofa, dona da rede de 25 lojas Cheyenne, sob a forma de capital. O IAPMEI injectou dois milhões de euros, o que lhe garantiu ser dono de 40% da empresa. Antes não tivesse sido.
Se não é gestão dolosa, é de digestão dolorosa. Quem aprovou aquele "investimento" e sob que justificações? Quem lhe foi pedir explicações por ter sido enganado? Sim, porque não há outra possibilidade para esta rocambolesca história: só pode ter sido por incompetência. A alternativa é muito pior.
A azáfama eleitoralista de 2009 misturada com o pânico ante a crise e o impulso de preservar empregos (o que é diferente de salvar trabalho), centenas de empresas foram acudidas. Numas valeu a pena, noutras não. E noutras ainda, já não valia a pena antes de injectar dinheiro.
Onde estão aqueles dois milhões de euros hoje? E quantos outros milhões com eles desapareceram?
E por irresponsável nunca será nada punido? E será mesmo irresponsabilidade? Há pessoas que têm dúvidas sobre isto, mas eu não.
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