A ideia de que a democracia directa é inviável e que os cidadãos devem delegar nos representantes a defesa dos seus interesses é desmentida pela corrupção da função dos representantes: de representantes passam a soberanos, alheios aos interesses e vontade de quem os elegeu. A corrupção funcional destruíu a virtude formal da democracia representativa e tornou-a obsoleta. Por isso, agora queremos escolher os candidatos e não apenas os representantes da ementa partidária escolhidos exclusivamente pelos caciques locais, regionais, nacionais. Mas essa é apenas uma medida do novo sistema político que desejamos reforme a democracia. Não é a democracia o problema, mas a forma obsoleta que nos governa.
Outra das medidas da democracia directa é o escrutínio dos representantes pelos eleitores. Além das poucas oportunidades formais que a democracia representativa consente, existe a cidadania activa. Isto é, o cidadão intervém para além do domingo quadrianual que lhe é formalmente autorizado
Daqui retirado do blog «PORTUGAL PROFUNDO». Com a devida vénia.
E não deixem de ler no mesmo blog, aqui, o inevitável. "A economia compensa o desvario político, aproveitando o excesso de oferta de trabalho com salários mais curtos."
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