terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

O MAL TEM SEMPRE ENTUSIASTAS APOIANTES


  
O mal tem sempre adeptos que o apoiam e sustentam. Em qualquer das facetas em que se apresente. É visível a crispação em que o mundo vive. Há sempre gente a apoiar uns contra outros, e vice-versa. Há um certo maniqueísmo na sociedade, onde os cidadãos têm uma tendência para se sentirem certos, e correctos, no que amam e no que decidem, consequentemente no que apoiam, julgando todos os que têm outro entendimento como absolutamente errados, sendo assim opositores, quiçá inimigos. O futebol é sempre um bom exemplo, embora sempre grotesco. A política entendida pelos cidadãos, e não pelos que exercem na política a sua actividade, também é um bom exemplo do maniqueísmo. Agora os cidadãos nas suas escolhas, quando votam, seja para clubes de futebol ou de campismo, como também em votações para eleger pessoas para governarem os países, tanto podem escolher o bem como o mal. Eu gostaria de relembrar que nos últimos 150 anos, as escolhas livres e democráticas de cidadãos nem sempre tiveram bons resultados. Lembro Hitler, Mussolini e outros que chegaram ao exercício do poder democraticamente através de eleições livres. Eu diria que todo o bandido tem os seus adoradores e os seus detractores. Às vezes até temos exemplos de facínoras, presos perpetuamente, que têm seguidores, ou fãs. Alguns até têm quem, já depois de sentenciados, sem nunca os terem conhecido, se apaixonem por eles, e com eles se casem. Há para tudo na prateleira.
         Assim, ditadores podem sempre surgir através do voto. E vão surgir. Aqui e ali, sem demorar muito. Vão ter os seus seguidores e adeptos fervorosos. Normalmente têm algo em comum, seja em que continente estiverem. São sempre cleptocratas. E, de entre as suas vítimas, haverá sempre cinquenta por cento que os apoiarão indefectivelmente, quarenta por cento que acobardados se calarão, e dez por cento que se oporão. E o planeta gira, o universo move-se, mas o mal persistirá, sempre e sempre devidamente apoiado pelas suas vítimas, que são os maiores fornecedores de capacidade para o mal.

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