Ontem, no Público, um excelente artigo de Mário Vieira de Carvalho com o titulo «Mudar a universidade: endogamia e ética». Destaco duas passagens:
A endogamia das universidades portuguesas - isto é, o princípio da reprodução interna do seu corpo docente - tem-se mantido inabalável. E tem sobrevivido a todas as reformas. Se há excepções, é porque confirmam a regra.A instituição da endogamia é o maior travão à inovação, o factor que mais tem contribuído para a estagnação do ensino superior, para a sua incapacidade de responder com criatividade aos desafios que a realidade lhe coloca.
(...)
Mas há ainda a dimensão mais patológica do corporativismo - uma espécie de degenerescência do sistema causada pela endogamia: as lutas internas de grupo, pelo favorecimento de uns, à custa de outros, sem olhar a critérios de mérito relativo. Exemplos não faltam.
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