sábado, 11 de agosto de 2007

TUDO ISTO, HOJE.





Isto não é propaganda. São momentos de prazer de viver. Para os que são do Continente, antevejam o que podem ver e usufruir.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

UM PROBLEMA

Na linha do mote deste blog. Um trecho da entrevista dada ao Diário Económico de hoje por Mário Soares. Dito por ele tem mais força do que dito por mim e por outros como eu. Mas já muitos há, que andam por aqui, na blogosfera, a fazer alertas sérios como este:

O fundamentalismo islâmico tem vindo a fortalecer-se. Mas há também fundamentalismo judaico e cristão. Não o esqueçamos. É urgente, indispensável um grande diálogo mediterrânico. O Mediterrâneo oriental foi a sede das grandes religiões monoteístas. É preciso que as grandes religiões voltem a dialogar. O novo encontro ecuménico de Santo Egídio será este ano em Nápoles, onde espero estar, em Outubro próximo. Não podemos permitir que o Ocidente entre em decadência. Seria uma tragédia para o Mundo. Mas, para tanto, é preciso que a União Europeia saia do seu torpor e tome decisões, com autonomia estratégia em relação aos EUA. Porque aqueles que dizem que pode haver uma guerra de civilizações têm alguma razão. O descrédito do Ocidente é efectivo. E a força dos países emergentes - o Brasil, a China, a Índia e a Rússia - é efectiva. A relação de forças no Mundo está a mudar. Qual a estratégia europeia? A situação não está clarificada na União. Esse é o nosso maior problema.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

OS SERVOS DA GLEBA

Regressamos a uma certa concepção de mundo medieval. O governo regula o acesso a profissões. Depois da queda do Império Romano, outros impérios caíram e outros ainda vão cair. Só que as quedas dos impérios arrastam as sociedades para becos de obscurantismo. Mestres, oficiais e aprendizes. De fora ficam os servos da gleba. De fora fica ....

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

A IGNORÂNCIA, AO CONTRÁRIO DA CIÊNCIA, É SEMPRE UNIVERSAL E, PORTANTO, ENCICLOPÉDICA.

Disse José Hermano Saraiva, in "Álbum de Memórias", 7ª década (anos 80)

terça-feira, 31 de julho de 2007

QUAL O SIGNIFICADO DO PAÍS A FALAR MAL E A ESCREVER PIOR?

«Com efeito, toda a degradação individual ou nacional é prontamente anunciada por uma degradação rigorosamente proporcional na linguagem
Joseph de Maistre citado por George Steiner in "Os Logocratas"

sexta-feira, 27 de julho de 2007

E NÃO É QUE SE ESQUECERAM!

Cumprir Portugal

Sendo objectivos seguros da adesão às CE a modernização e o desenvolvi­mento, e não contrariando a sua prossecução qualquer dos objectivos mais cer­tos das CE, parecerá então que um caminho aceitável para Portugal seráprocurar aproveitar a oportunidade para reforçar o seu poder efectivo, ou na­cional, isto é, a sua capacidade de preservar liberdade de acção, identidade de Nação, e individualidade de País. O que, como se acentuou, não parece re­provável, uma vez que mesmo uma Europa política terá toda a vantagem em poder contar com todas as capacidades de todos os países a entrar na sua com­posição. Isto porque o respeito pelas suas diversidades trará à Europa solida­riedade, riqueza e competitividade.
Para que Portugal possa então modernizar-se e desenvolver-se em segurança no âmbito das CE, será necessário, antes de mais, não se esquecer que adquiriu e manteve a sua identidade de Nação e a sua individualidade de País assu­mindo condição geopolítica, geoeconómica e geocultural euro-atlântica, com potencial estratégico marítimo suficientemente centrífugo para sobreviver. Principalmente, será preciso não esquecer que o especial Portugal exige cuida­dos extremos com a sua coesão, pois apresenta as segunda e a terceira mais perigosas condições de fragmentaridade potencial: a descontinuidade territo­rial marítima, decorrente de ser Madeira, Continente e Açores; e ser o Conti­nente uma faixa estreita e alongada Norte-Sul, com diversidades acentuadas . de produções e culturas decorrentes da existência de diferenças climáticas.
Do saudoso Comandante Virgílio de Carvalho, in " O MUNDO, A EUROPA E PORTUGAL"
Como se esqueceram, ou nem sequer estudaram as lições, ou não escutaram quem sabe, provocaram o descalabro em Portugal. E tanta gente que foi avisando ao longo dos tempos. Mas como os partidos politicos blindaram o acesso à decisão da governação, tudo ficou nas mãos de ignorantes arrogantes. O resultado viu-se. E compare-se com Espanha. E agora como resolver? É inevitável cumprir-se a "profecia" de Saramago?
Será que já estamos todos derrotados? Será?

quinta-feira, 26 de julho de 2007

É CALANDO QUE SE APRENDE A OUVIR; É OUVINDO QUE SE APRENDE A FALAR; DEPOIS, É FALANDO QUE SE APRENDE A CALAR

De autor desconhecido

APRENDENDO

Ensinar não é uma função vital, porque não tem o fim em si mesma; a função vital é aprender.

Isto disse o Aristóteles há uns anos atrás. Muitos anos mesmo. Os pedagogos de serviço é que nunca aprendem.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

AQUELE QUE NÃO DUVIDA DE NADA NÃO SABE NADA.

É um provérbio grego. Mas ao lê-lo veio-me logo uma pessoa ao pensamento. Sabem quem?

segunda-feira, 23 de julho de 2007

O QUE HÁ DE ERRADO EM PORTUGAL PARA QUE ESTA GENTE ACEITE VIVER ASSIM?

Este já foi titulo de um post, aqui.
Hoje é título no DN, na primeira página, que a PJ alerta para o tráfico de pessoas para Espanha. E da notícia destaco:
«"Em Espanha, encontrámos casos de exploração de trabalhadores que poderíamos classificar como escravatura e que são passíveis de ser punidos criminalmente. São, nomeadamente, retenção dos documentos de identificação, privação de liberdade, uso da força, maus tratos, falta de pagamento das remunerações", explicou ao DN Vítor Guimarães, director da PJ do Porto, responsável pela investigação
Que se passa afinal em Portugal. Porque é que o Saramago disse o que disse sobre a integração em Espanha? Porquê este mal estar permanente da nação? Porque é que a sociedade portuguesa vive como se sofresse de uma depressão colectiva?
Para mim a razão principal é que o país se deixou enredar na mediocridade. São os medíocres que destinam o país. E assim impõem as suas incapacidades em todas as áreas, desde a educação até à justiça. O país está amarrado e amordaçado à teia dos medíocres. Os portugueses deixaram-se enredar e não vão ser capazes de se livrarem deles. A mediocridade, infelizmente, está a reproduzir-se.

sábado, 21 de julho de 2007

O QUE É NOCIVO À EDUCAÇÃO?

«Estou firmemente convicto de que, no que se refere à educação dos portugueses e à sua preparação para a vida, a política não só não tem ajudado como tem sido o cancro que impede os progressos, rejeita as ino­vações, favorece o compadrio, substitui as ginásticas que estimulam pelas catequeses que submetem
José Hermano Saraiva, in "Album de Memórias", (anos 50-I).
E se eu concordo com ele. Concordo e em pleno.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

QUANDO

Quando a gente julga que sabe todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas !!!

Lido, algures na blogosfera.

OS MEDÍOCRES VINGAM EM PORTUGAL

E assim não há solução possível para Portugal.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

ÚLTIMA JUSTIFICAÇÃO

Destaco um trecho de "O INTERREGNO - DEFESA E JUSTIFICAÇÃO DA DITADURA MILITAR EM PORTUGAL" de Fernando Pessoa e datado de 1928.
«Já acima esboçámos, em simples exemplo ocasional, qual seja a situação presente de Portugal quanto à sua opinião pública. Concentrados, dos Filipes ao liberalismo, numa estreita tradição familiar, provincial e religiosa; animalizados, nas classes médias, pela educação fradesca, e, nas classes baixas, bestializados pelo analfabetismo que distingue as nações católicas, onde não é mister conhecer a Bíblia para se ser cristão; desenvolvemos, nas classes superiores, onde principal mente se forma a opinião de intuição, a violenta reacção correspondente a esta acção violenta. Desnacionalizámos a nossa política, desnacionalizámos a nossa administração, desnacionalizámos a nossa cultura. A desnacionalização explodiu no constitucionalismo, dádiva que, em reacção, recebemos da Igreja Católica. Com o constitucionalismo deu-se a desnacionalização quase total das esferas superiores da Nação. Produziu-se a reacção contrária, e, do mesmo modo que na Rússia de hoje, se bem que em menor grau, a opinião de hábito recuou par além da província, para além da religião, em muitos casos para além da família.
Surgiu a contra-reacção: veio a República e, com ela, o estrangeiramento com­pleto. Tornou a haver o movimento contrário; estamos hoje sem vida provincial definida, com a religião convertida em superstição e em moda, com a família em plena dissolução. Se dermos mais um passo neste jogo de acções e reacções, es­taremos no comunismo e em comer raízes - aliás o términus natural desse sis­tema humanitário. É este o estado presente dos dois elementos componentes da opinião pública portuguesa.
Ora num país em que isto se dá, e em que todos sentem que se dá, num país onde, sobre não poder haver regímen legítimo, nem constituição de qual­quer espécie, não pode, ainda, haver opinião pública em que eles se fundem ou com que se regulem, nesse país todos os indivíduos, e todas as correntes de con­senso, apelam instintivamente ou para a fraude ou para a força, pois, onde não pode haver lei, tem a fraude, que é a substituição da lei, ou a força, que é a abolição dela, necessariamente que imperar. Nenhum partido assume o poder com o que se lhe reconheça como direito. Toda situação governante em Portugal, de­pois da queda da monarquia absoluta, é substancialmente uma fraude. A fraude, pune-a a lei; porém quando a fraude se apodera da lei, tem que puni-la a simples força, que é o fundamento da lei, porque é o fundamento do seu cumprimento. Nisto se funda o instinto que promove as nossas constantes revoluções. Têm­-nos elas tornado desprezíveis perante a civilização, porque a civilização é uma besta. Nossas revoluções são, contudo, e em certo modo, um bom sintoma. São o sintoma de que temos consciência da fraude como fraude; e o princípio da verdade está no conhecimento do erro. Se, porém, rejeitando a fraude como fundamento de qualquer coisa, temos que apelar para a força para governar o país, a solução está em apelar clara e definidamente para a força, em apelar para aquela força que possa ser consentânea com a tradição e a consecução da vida so­cial. Temos que apelar para uma força que possua um carácter social, tradicional, e que por isso não seja ocasional e desintegrante. Há só uma força com esse carácter: é a Força Armada.
É esta a terceira Doutrina do lnterregno, a terceira e última justificação da Ditadura Militar

quarta-feira, 18 de julho de 2007

EL CRIMEN ORGANIZADO SE HA INFILTRADO EN LOS PARTIDOS POLÍTICOS

Foi o que disse Helen Mark, activista de direitos humanos na Guatemala, em entrevista ao "El Mundo" de 11 de Abril de 2007, de que destaco este trecho:
«Los ciudadanos, que somos los que vivimos el embate de la inseguridad, tendríamos que armamos de paciencia. Las medidas que se tomen hoy van a tener un resultado a mediano pla­zo. No es algo que vaya a verse mañana. El problema es que los partidos en Guatemala son pura­mente electoralistas y tienen que satisfacer el clientelismo que les permite ganar. Ahí es donde se interrompe la continuidad de és­tos y otros planes. Otra preocu­pación que tenemos es que la delicuencia organizadase ha infiltrado en todos los partidos y eso va a ejercer una gran presión.
P- Que pasos habria que dar para limpiar las instituiciones?

R. – La depuración de la poli­cía no va a bastar. El ministerio público está tan podrido e infiltrado como la policía. Tiene que ser un esfuerzo conjunto

terça-feira, 17 de julho de 2007

PROFECIA OU CONSTATAÇÃO?


"Não sou profeta, mas Portugal acabará por integrar-se na Espanha"

Como resultado da degradação do ensino, do poder de compra, da qualidade da gestão da coisa pública e da competência dos actores políticos, esta frase de José Saramago, proferida em entrevista ao DN de Domingo passado, não causa nenhuma estranheza. Nem o resultado de um inquérito simples em que se apurou que cerca de um terço dos portugueses aceitariam essa integração.
A desilusão com a condução política do país, o terem eleito Salazar como o grande português, o empobrecimento crescente dos portugueses, a infantilização do ensino do português, o insucesso da matemática, a destruição da exigência e o demérito à excelência, o nivelamento por baixo do saber e do fazer, bem como a auto desilusão pelo comportamento, e insucesso, do regime pós 25 de Abril, levam a que estas frases de anuência à integração em Espanha, que já há muito são proferidas, comecem a ganhar consistência. O artigo de Pacheco Pereira sobre as sete maravilhas em Portugal também não contraria esta tendência. Seria bom que em Portugal, algumas pessoas se interrogassem porque é que na Europa, onde a tendência das nações é ascenderem à independência, os portugueses tendem, por cansaço e desilusão, a declinarem a sua.
Continuarei depois com Pessoa. Na linha do que venho fazendo.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

E AFINAL, ... ATÉ É FÁCIL :):):):):):):)

De um texto de Fernando Pessoa, escrito em 1919, intitulado «Como Organizar Portugal», destaco as seguintes passagens:
(...)
Repararam que a força da Alemanha provinha, não da valentia notável dos componentes individuais dos seus exérci­tos, não da perícia especial dos seus chefes militares, mas de ser na guerra o que era na paz, e na disciplina particular da vida guerreira o que era na geral de toda sua vida – uma nação plenamente organizada, coerindo dinamicamente em virtude de uma aplicação inteligente e estudada dos princípios de organização.


(...)


Se é fácil, porém, falar em organizar, menos fácil é, ao que parece, organi­zar deveras, ou, pelo menos, indicar como se organize. Nem se pode conceber época mais inapta para tomar sobre si o encargo intelectual que a palavra «or­ganização» comporta. Os homens do nosso tempo, destituídos por completo do senso das realidades, extraviados, por hipotéticos «direitos», «justiças» e «li­berdades», da noção científica das coisas, não logram, nem mesmo em teoria, visionar a construção da prática. Um século, ou mais, de «princípios de 891, um século, ou mais, de «liberdade, igualdade, fraternidade» tornou o geral dos europeus, salvo os alemães, obtuso para aquelas noções concretas, com as quais seguramente se constrói o futuro.


(...)


É evidente que o problema da organização se divide em três partes, uma das quais compete ao teórico, e as outras duas ao prático. Temos, primeiro, a determinação do plano ou norma segundo o qual se vai organizar; temos, de­pois, a colocação, nos lugares que lhes competem, dos homens competentes que hão-de efectivar, na prática, essa organização; temos, por último, a coordenação dinâmica dos esforços desses homens, a maneira especial de pôr a organização em marcha. A primeira parte é de pura teoria; a segunda e a terceira pertencem já à prática. Para a primeira não há senão regras; para a segunda e a terceira não há outra regra senão a realidade, nem outra norma, na segunda parte, senão a intuição na escolha dos homens, e na terceira, o espírito prático de coordenação de esforços.

domingo, 15 de julho de 2007

A ESMOLA


É uma acção da caridade. Mas não resolve o problema da pobreza. E muito menos da pobreza de liderança.
Um dos grande males de Portugal é o de haver muitas pessoas a ocupar lugares de gestão da coisa pública, e não só, a diversos níveis, simplesmente por esmola política ou de afinidade de interesses. Daqui deriva muita da pobreza portuguesa. Fazem-lhes a esmola de lhes arranjar um lugar para o qual nunca estão preparados, e eles em compensação tratam de agir servilmente como sabem, ou seja nada, e mantêm, e até incrementam, a pobreza. Incluindo a de espírito.

sábado, 14 de julho de 2007

A FERVER


Está a situação.

terça-feira, 10 de julho de 2007

HARMONIA SEQUENCIAL


O engraçado é que é o Universo que gosta de nós.