Desconhecida de muitos, é bem conhecida pelos que se interessam pelas coisas da cultura, sobretudo da cultura da civilização clássica. Há uma entrevista dela na revista LER, de Maio de 2010. Recomendo a sua leitura na íntegra. E sobretudo atentem ao que ela diz sobre o aretê.
Destaco da entrevista duas respostas a outras tantas questões:
- Então, não se falava ainda em educação bilingue ...
Felizmente. Esse é um erro que considero fatal. Primeiro deve-se saber bem a língua materna, muito bem aprendida com quem a escreve bem e não com textos de qualquer espécie. Num país como o nosso, que tem a sorte de ser monolingue, é um erro o que está a acontecer com o ensino do Inglês na instrução primária. Nos países bilingues, a questão pode pôr-se de outro modo.
- Que importância teve para si o aprender de cor?
Imensa. Muito ao contrário da ideia actual de que o memorizar é uma espécie de trabalho de segunda ordem, ou até talvez indigno, a memória está na base de tudo. É o primeiro plano que leva ao desenvolvimento da inteligência. Sem um certo número de conceitos e dados e palavras que têm que necessariamente passar pela memória, não se vai mais para diante. Memorizar não é um acto passivo: é colocar as bases de todo o edifício. Porque até a Filosofia começa por sabermos as respostas que vários pensadores deram a diversos problemas. A partir daí, talvez sejamos capazes de fazer alguma coisa. Talvez ... Não é certo.
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