quinta-feira, 31 de maio de 2007

O FIM DEPENDE DO PRINCÍPIO

Pode até parecer de La Palisse. Mas era o lema de uma escola no filme “O Clube do Imperador”. Mas o depende é a chave do sucesso final. Tenho dedicado quase todos os posts à estratégia, ou à ausência dela. A ausência de estratégia da nação, e também do país, por mais determinação que se aparente, não tem bons resultados. Não há estratégia, nem geoestratégia. Há um atabalhoado ir-se fazendo ao Deus-dará, que tem tido os resultados que se constatam.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

METADE DAS FAMÍLIAS ESTIVERAM UM ANO EM ESTADO DE POBREZA

«"Não existe uma verdadeira noção de pobreza em Portugal" sublinha Alfredo Bruto da Costa, acrescentando que 47 % das famílias portuguesas passaram por uma situação de pobreza.»
Da Agência Ecclesia, aqui.
E não faço comentários.

terça-feira, 29 de maio de 2007

DA FALTA DE CARINHO DOS PORTUGUESES PELA LIBERDADE

Foi assim que António Barreto rematou o seu artigo de Domingo, no Público.
Tenho muitas dúvidas. A maioria desconhece, simplesmente, o que é a liberdade. Pelo que não podem ter carinho pelo que desconhecem. Liberdade é algo que nunca fez parte da vivência dos portugueses. Eles estão habituados a sobreviver, recorrendo à manha, por entre os ditames que os senhores, de cada momento, dos regimes de sempre, lhes impõem. Todos são responsáveis pelo país. Mas quase todos não aspiram pela liberdade. Ignoram. Aspiram a coisas corriqueiras, que conhecem e lhes permite sobreviver. São subservientes ao poder, do qual desconfiam, mas do qual não podem deixar de depender. Pela sobrevivência.
No fundo é o lema deste blog: "mais cedo ou mais tarde, esta mistura explosiva de ignorância e de poder vai rebentar-nos na cara".

domingo, 27 de maio de 2007

ERROS NOSSOS, ESPERANÇAS DESFEITAS

Venho insistindo no mote da responsabilidade geral dos portugueses.
O Vasco Pulido Valente publicou um bom artigo, ontem, no Público, que deve ser lido. destaco:
"Porque, para lá da retórica patriótica que durante um tempo exaltou a inconsciência colectiva, começaram a ver a inquietante fragilidade do país. Num mundo confuso e competitivo querem segurança antes de mais nada. Mesmo com mais "modéstia", com um progresso mais lento, com o sonho da "Europa" definitivamente desfeito."

sexta-feira, 25 de maio de 2007

CASAMENTO

Casamento é uma relação entre duas pessoas, em que uma tem sempre razão e a outra é o marido.

Recebido via email.
Eu podia comentar algo da política nacional, mas já ando enjoado.
Bom FSM

terça-feira, 22 de maio de 2007

PORTUGAL É SEMPRE LISBOA E ARREDORES?

É. Foi a impressão com que fiquei ontem ao ver um pouco do programa "Prós e Contras". Um programa sobre o país, em que só se falou de Lisboa e arredores. Isto é grave porque é a mentalidade política instalada. Por isso é que o interior foi descurado até ao estado em que se encontra.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

O POLITICAMENTE CORRECTO JÁ NÃO RENDE


Tenho por aqui imposto uma corrente anti "o politicamente correcto". Estranhamente não tenho tido reacções. Os meus leitores já não se "picam". Não reagiram ao que disse sobre o Alberto João Jardim, aceitaram. Não houve reacção ao post anterior, aceitaram. Pelo que começo a concluir que as pessoas querem mudanças. Que já estão cansadas e desiludidas com o status vigente. Que já não se embalam com o discurso do politicamente correcto. Mas por enquanto, só isso. Há-de chegar o dia em que as massas, já então muito massacradas e desiludidas, hão-de reagir. Será sempre tarde, espero é que não demais.

domingo, 20 de maio de 2007

CADA CIDADÃO SÓ DEVERIA PRESTAR SERVIÇO PÚBLICO, POLÍTICO, NUM ÚNICO MANDATO

É a solução ideal para que se evite a dependência recíproca, entre os detentores dos cargos e os interesses devoradores. Fosse presidente da república, ministro, deputado, autarca, ou qualquer outro cargo político, só deveria ser exercido uma única vez por cidadão. E uma única vez qualquer cargo, e não uma vez cada cargo. Cidadão que fosse à política, só iria uma vez na sua vida. Evitasse a dependência subserviente para se manter no cargo, e minimizava-se o estabelecimento de laços de interesses corruptivos.
Isto implicaria que muitos mais cidadãos se envolvessem na vida pública do país, com mais seriedade e competência, livrando-nos, assim, dessa corja de incompetentes que deram cabo do país.
Posso estar a sonhar alto mas, como teoria, devem reconhecer que é eficaz.

terça-feira, 15 de maio de 2007

MAS ONDE É QUE O ALBERTO JOÃO JARDIM GANHOU?


Passei umas folgas na Madeira. Onde não ia há 27 anos. Gostei imenso de ver a Madeira. Está muito furada com túneis, mas que é algo que melhorou muito as acessibilidades e a qualidade de vida em toda a ilha. Nota-se bem que há infraestruturas para servir toda a população e as actividades que permitem a sustentabilidade da população. Há obra feita. Para a população. Para os portugueses que estão na Madeira. No Continente fizeram-se 10 estádios de futebol, que em nada servem a população, e que contribuíram muito para o sufoco financeiro do país. Não se fecham, na Madeira, serviços essenciais à população, sem haver uma resposta eficiente noutra vertente para esse encerramento. No Continente, a metade leste do país parece estar votada ao abandono. Só a Grande Lisboa conta para o governo central. Lisboa e os concelhos limítrofes onde dormem os que trabalham em Lisboa. Vai haver mais um aeroporto e uma ponte. E talvez mais qualquer coisa. Mas só para Lisboa e arredores. Os outros portugueses só são reconhecidos como tal na hora de pagar impostos. Servem para pagar mas nunca para receber os dividendos dos impostos.
Por isso acho que Vinhais, Fronteira, Mértola, Barrancos e etc, deviam lutar para que o Alberto João Jardim fosse para lá lutar por eles. Porque senão a única viabilidade que têm é integrarem-se em Espanha.
Mas onde o Alberto João ganhou? Melhor, ganhou a Madeira, ganharam os madeirenses. Foi no civismo, na eficiência e eficácia da população. Aí é que está a vitória da Madeira. Nenhum outro lugar do país se lhes compara. Eu não vi um único papel no chão, em toda a ilha. Não vi uma única garrafa ou lata de cerveja pelo chão. É um consolo e um orgulho. E são os madeirenses que contribuem para isso. A eficiência do trabalho na Madeira também faz a diferença.
Pode-se acusar o Jardim de muita coisa. Mas as coisas estão na Madeira. ESTÃO lá. Não se gasta dinheiro para coisas que nunca existem. Ou que são absolutamente inúteis. Como os estádios de futebol. É bom não esquecer que o Sócrates é o homem dos estádios inúteis. E vai ser do tal aeroporto muitíssimo caro, como acha o presidente da CIP, Francisco van Zeller, e, portanto, desajustado à realidade do país, à correlação custo/benefício. Bem como o TGV e etc. Bem como o esquecimento das populações do interior.
Mas o Jardim, com muitos defeitos, cuidou do bem estar dos seus. A obra está lá. Se 15% se esvaiu pelas fendas, tudo bem. Pior é quando se esvai 100% e nada fica, como acontece em muito lado pelo país fora. Ou se fica, é inútil para a população. Embora muito útil para quem interveio na produção da inutilidade, como foi o caso dos estádios.
Mas a Madeira ganhou a batalha do civismo. Parece-me que o resto do país a perdeu. Vejo muita boçalidade permitida e incentivada, quando não mesmo patrocinada em nome de uma pseudo tradição, na mira de manter um eleitorado satisfeito e saciado. A nojeira das garrafas e latas de cerveja e muito papel pelo chão, prova que é errado e que é um falhanço brutal.
Mas nisso a Madeira ganhou ao resto do país. Pena que não possamos importar o Alberto João pelo resto do país.

domingo, 29 de abril de 2007

VITÓRIA OU DERROTA.

Um artigo, publicado ontem no Público, de Margaret Beckett deve ser lido e ponderado. As estrastégias e a geoestratégia são a chave do sucesso dos povos. Como os nossos políticos e as nossas (pseudo) elites não percebem nada disso, não temos sucesso.
Deixo aqui um destaque do artigo:
«Perante a gravidade crescente da ameaça e a acumulação de provas científicas que têm reforçado os nossos piores receios, é cada vez mais óbvio que as alterações climáticas têm consequências para as nossas preocupações sobre segurança.Cheias, doenças e fome e as consequentes migrações em larga escala. Seca e colheitas destruídas e a rivalidade que daí resultará na procura de alimentos, água e energia em regiões onde os recursos já são escassos. Instabilidade económica a uma escala nunca vista desde a Segunda Guerra Mundial. Este cenário não se compadece com uma visão limitada à segurança nacional - trata-se da nossa segurança colectiva num mundo cada vez mais frágil e interdependente. Os mais vulneráveis e menos capazes de reagir serão os primeiros a sofrer. A questão não está numa escolha entre um clima estável e a luta contra a pobreza. Sem a primeira, a segunda falhará.
(...)
Ficou demonstrado que a comunidade internacional encara a instabilidade climática como uma ameaça sem precedentes que há que enfrentar com a maior urgência e ambição. Se formos bem sucedidos, poderemos todos aspirar a uma maior segurança. Mais: as alterações climáticas são uma ameaça que nos pode unir se formos sensatos e não agravarmos as nossas divergências. »

TERRA SANTA, INSURREIÇÃO.

«A "Terra Santa" da Igreja devem ser os bairros mais abandonados das grandes cidades e, sobretudo, o vasto mundo dos pobres, dos quase mil milhões que vegetam com menos de 73 cêntimos por dia. A Igreja só testemunha a ressurreição quando participa na insurreição contra tudo aquilo que estraga a vida das pessoas. »
Frei Bento Domingues, hoje, no Público.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

FRONTEIRA; MÉRTOLA; 25 DE ABRIL.


Estive de férias durante 2 semanas, na Páscoa. Durante a primeira, no dia em que me dirigia a Mértola, a encantadora, ouvi a notícia de que iam encerrar os tribunais de Mértola, Fronteira e de mais quatro ou cinco concelhos. No outro dia tinha programado passar em Fronteira. Alguém da família queria lá ir visitar o Centro de Ciência local, que irá ter, segundo percebi, o melhor telescópio em funcionamento em Portugal. Pensei ir almoçar, em Mértola, à Casa Amarela, do outro lado do rio. Estava fechada. Em definitivo. Almocei no local do costume, no Migas, junto à praça. E meditei sobre Mértola. Qual o futuro de Mértola? Ficar-se por ser Museu? Quem vai ficar em Mértola? Um Lugar sem hospital, sem grandes escolas, agora sem tribunal. As minas já se foram. A terra está lá, mas não me apercebi de grande vigor agrícola. Não vi industrialização nenhuma e o turismo pareceu-me, como desde há anos, tímido. Não sei se também vão ter de ir nascer a Espanha, mas sempre era mais seguro e confortável. O estado fecha quase tudo no interior. Curiosamente só não fecha as repartições de finanças. Onde cobra os mesmos imposto pelas taxas dos impostos que cobra aos de Lisboa, onde tem tudo para os cidadãos, embora nos seja licito duvidarmos da qualidade desse “tudo”. Mas lá em Mértola, como em todo o interior, pagam pela tabela, mas não têm tudo. Já quase não têm nada. Li no Expresso uma frase de um serigrafista a viver em Serpa, que agora não recordo o nome e nem tenho o Expresso à mão, que associei a isto. Ele dizia, mais ou menos, que tinha lutado tanto pelo poder local e que actualmente o poder local se tinha tornado um cancro. Isso é verdade para os grandes centros. Mas para Mértola, Fronteira, Arraiolos, Monforte, Barrancos e outras tantas já não é verdade. A edilidade é a última réstia de esperança de sobrevivência para aquelas povoações. Só eles as podem defender da extinção. O governo central, o que governa o país, não o fará, pois não tem estratégia nenhuma para Portugal, nem julgo que saibam o que é isso, e muito menos o que é geoestratégia. Só por isso se pode perceber que um ministro tenha optado pela medida de enviar as grávidas da raia a parir em Espanha. Para além de menosprezarem o orgulho nacional, não percebem as implicações geoestrtégicas que medidas destas vão ter a médio e a longo prazo, ou mesmo a curto prazo se o ritmo de desertificação humana se mantiver num nível insustentável, até para autarquias bem dinâmicas. Sem contar com a humilhação das nossas cidadãs que em Espanha, apesar de muito bem tratadas, se sentirão sempre estrangeiras, estranhas ao meio. O que é que pode levar os jovens a ficar? A casar-se, constituir família, contribuir para o desenvolvimento? Já lá não há nada. Só lhes resta um emprego na autarquia, e para ambos. Senão emigram. Não há alternativa. O país empurra-os para fora. Hoje achei piada ao Presidente da República quando no seu discurso, entre outras coisas interessantes, nomeadamente quando falou dos festejos do 25 de Abril, se referiu à questão da saída para o estrangeiro dos jovens qualificados. Já aqui me tenho referido a esta problemática. Só não percebi a parte que o Presidente não percebeu. Se em Portugal quem tem diplomas trouxas, ou exibe, tendo só a quarta classe, diplomas de frequência de pós-graduações que exibem nos gabinetes, onde a palavra frequência é minúscula face a todo o resto do texto, são os individuas que gerem a coisa pública ou as empresas propriedade da coisa pública, não entendo as dúvidas do Presidente face à fuga dos jovens devidamente credenciados e, pior ainda, competentes, que é palavra arredada da coisa pública. Mas hoje celebramos o quê? O encerramento das maternidade? O encerramento dos tribunais de Fronteira e de Mértola? O estado de desânimo que implantaram no país? Mais de uma vez disse que quem tiver mais de 30 anos que fuja de Portugal enquanto é tempo. E parece que já não há muito tempo.
Ah! Na segunda semana rumei até Espanha. Fui-me deprimir, comparando o percurso da Espanha com o de Portugal. Erros nossos, má fortuna.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

ERROS NOSSOS, MÁ FORTUNA.


Continuamos a sofrer políticos a quem lhes falta tudo, para exercerem os magistérios, com dignidade. Continuamos a sofrer. Mas a verdade, crua e dura, é que fomos nós todos, portugueses, que os fomos escolhendo e caucionámos as suas acções. Os erros são nossos. Ou por ignorância, ou por comodismo, ou por estratégia de querer um ambiente permissivo à manutenção de mordomias injustas e caras, ou por demissão cívica, ou ainda porque somos uma cambada de golpistas medíocres, sempre à espera de migalhas da mesa do poder que, de forma ignóbil e humilhante, vão deixando cair aqui e ali. Mas os erros são nossos. Nem nos merecemos. A esperança, já não no sucesso, mas pelo menos numa saída da crise, é agora quase nula. E as novas gerações não prometem grande coisa. Da maneira como foram instruídas, educadas e orientadas, não espero grandes homens e mulheres. Das gerações de ideais, protagonizadas pelos estudantes das décadas de 60 e 70 do século XX, que ainda nos governam, recebemos a desilusão. De grandes defensores de ideais de igualdade e fraternidade, transformaram-se em manipuladores de dinheiro, corruptos e vigaristas. Mandaram os ideais para trás das costas e passaram a esfolar vivos os que queriam defender. São hoje, quase todos, peritos de negociatas torpes, fuga aos impostos, e etc., etc.. Pior, é que são o exemplo de sucesso para os jovens de hoje, que ambicionam a ter dinheiro a qualquer preço e sem escrúpulos. Ámen.
Há um artigo do Rui Ramos, que já aqui coloquei e que merece ser relido, conforme sugestão de amigo meu. E na sequência do post anterior, onde citei VPV.

sábado, 21 de abril de 2007

NEM COMENTO

«A democracia portuguesa trouxe uma exagerada esperança de reforma e decência. Ao começo, mesmo a seguir ao PREC, nada parecia impedir que se fizesse um país, sem a miséria, a corrupção e a complacência do costume. Por isto e por aquilo, não se fez. Portugal conservou os seus velhos vícios, sem adquirir novas virtudes. Na minha última encarnação sou, prosaicamente, um filho da democracia falhada. Como escreveu o homem, a velhice é um naufrágio. Comigo, um naufrágio que às vezes não acho exclusivamente pessoal. Mas são com certeza momentos de megalomania. A verdade é que já não pertenço a esta história. O meu interesse é forçado, a minha presença é, pelo menos para mim, gratuita. Mas, por enquanto, não há remédio senão persistir. »

VPV, hoje no Público.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

MAIS UMA PONTE. A MESMA INCOMPETÊNCIA.

A falta manutenção numa ponte em Vimieiro, Santa Comba Dão, levou hoje ao encerramento temporário do IP3. Mais uma vez não se efectuou a manutenção devida em tempo devido. E são milhares os casos por todo o país. O dinheiro é sempre esbanjado e desbaratado em parvoíces protagonizadas pelos incompetentes que nos vão governando. Já aqui abordei, em exercício teórico, esta questão. Para fazer estádios inúteis esbanjaram rios de dinheiro, que deviam antes ter usado para conservarem as obras de arte de engenharia por esse país fora. O último Expresso, no caderno de economia, enuncia as 15 grandes asneiras que geraram esta grave crise orçamental. Os estádios são uma das asneiras. Feitas pelos políticos que agora nos pedem sacrifícios, que eles nunca fazem. E é mais uma ponte, amanhã outra, para semana outra. Sem vitimas a população portuguesa fica inerte. Infelizmente. Todos serão vitimas, em lume brando.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

A INUTILIDADE DO SACRIFÍCIO DOS CIDADÃOS PORTUGUESES


Sempre que vejo um monumento aos combatentes, onde estão inscritos os nomes dos que morreram na, vulgarmente chamada, guerra do ultramar, sinto que é um monumento à inutilidade do sacrifício dos cidadãos.
Os políticos continuam a fazer asneiras na condução da coisa pública, com custos pesadíssimos para os cidadãos, e continuam a pedir sacrifícios aos portugueses para colmatarem as asneiras, para não falar de outras coisas, que eles praticam. Mas que são sempre inúteis, pois eles desbaratam sempre o produto desses sacrifícios. É muito triste ser cidadão português e viver em Portugal. E depois de uma estadia curta em Espanha, percebe-se bem a inutilidade dos sacrifícios que não pedem, mas exigem.
E depois da sentença do Supremo Tribunal, que o António Barreto aborda no seu artigo, de Domingo passado, no Público, a esperança esfuma-se com mais facilidade. A verdade está em causa. A liberdade também. E a liberdade de expressão ainda mais. Enfim, a inutilidade de se viver em Portugal.

terça-feira, 17 de abril de 2007

ESTUDAR OU NÃO ESTUDAR

Já me tenho referido várias vezes à questão da valorização do estudo. Um post intitulei “NÃO VALE A PENA ESTUDAR EM PORTUGAL“, aqui. E mais aqui. Eu nem sequer me quero referir às aldrabices. Nem sequer ao injusto que é dar-se equivalências por tudo e por nada ao 12º ano, prejudicando bastante o mérito de quem o concluiu, pois viu o seu esforço gorado ao constatar que com umas mezinhas, simples e pré-fritas, o tinha feito.
Mas chamo a atenção para o programa “DIGA LÁ EXCELÊNCIA”, publicado ontem no Público, e para o que disse o médico Luís Portela, da Bial. Do que destaco: «Foi importante criar condições para os jovens se irem doutorar lá fora. Agora é preciso criar condições para que regressem.» E para quê, pergunto eu. O país não os quer. Prefere a quinquilharia, os partidários, os do canudo da Praça de Espanha, Martim Moniz ou qualquer outra venda ambulante. Mérito? Para quê? Têm privilegiado a sua falta, pelo que o país foi sendo afundado até hoje. Ainda ninguém reparou que foram as sucessivas asneiras dos políticos portugueses, incompetentes e ignorantes, que puseram o país no estado em que está? Em Espanha não fizeram as asneiras que os nossos fizeram, e, por isso, o resultado está à vista.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

OS EX-COMBATENTES SABEM E SENTEM O QUE É PORTUGAL

“Os Portugueses
Que fizeram a guerra da integridade
Lutaram por todos,
Os contemporâneos
E os antepassados
Que expandiram Portugal
E a Língua Portuguesa.”
Nogueira Baptista, in "Contagem Decrescente"

domingo, 15 de abril de 2007

O QUE HÁ DE ERRADO EM PORTUGAL PARA QUE ESTA GENTE ACEITE VIVER ASSIM?

Destaque de uma reportagem da VISÃO, de 29 de Março de 2007, sobre os portugueses a trabalharem em condições sub humanas em Espanha. Uma vizinha espanhola é que disse a frase do título. Até um simples cidadão espanhol, que pouco deve saber de Portugal, se apercebe que há aqui algo muito errado.