«5. Perante estas dificuldades e incertezas, o quadro político vigente é caracterizado pelo imobilismo. Todos os partidos com assento parlamentar estão "cercados" pelos cinco a seis milhões de portugueses que, sustentados pelo Orçamento, reclamam respeito pelos direitos e pelas expectativas "adquiridas": políticos, funcionários, reformados, subsidiados e familiares - o nosso Portugal mais conservador e privilegiado - constituem uma permanente "ameaça", que só tem consentido a mentira ou a dissimulação. Eles são a raiz do medo. Os políticos activos fingem assim desconhecer que o Estado Social europeu do século XX é filho de um "negócio" entre os capitalistas e os trabalhadores, destinado a "redistribuir" por todos a abundante riqueza que se criava. E que agora, sem nada para redistribuir a contento de todos, o "negócio" terá de ser repensado ou acabará arruinado. Não há solução à vista, resta a demagogia e o País segue à deriva. O Estado Novo, perante o problema colonial, recusou também repensar e simulou desafiar os "ventos da história". A democracia de Abril, já mais vesga que aquele, tenta ignorar esses "ventos". É sina e será desgraça nossa. »
domingo, 14 de maio de 2006
NÃO HÁ SOLUÇÃO À VISTA, RESTA A DEMAGOGIA E O PAÍS SEGUE À DERIVA
O Prof. Medina Carreira, hoje no Público, expõe o que já lhe tinha ouvido no programa "Negócios à Parte".(Este programa repete amanhã na RTPN pela 17H30; 16H30 nos Açores). Do artigo "A RAIZ DO MEDO" destaco o ponto 5:
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