domingo, 13 de agosto de 2006

AS GUERRAS ONDE HÃO-DE METER OS EUROPEUS

Começam a aparecer muitas opiniões preocupadas com a desmotivação dos europeus para a auto defesa. José Cutilieiro, ontem no Expresso, expôs o seu ponto de vista sobre o tema de que destaco o seguinte trecho:
«Embora a prática seja incoerente e tortuosa – em 1999, os 11 membros da União Europeia que eram também aliados na NATO fizeram guerra à Sérvia sem aval do Conselho de Segurança da ONU – ­o princípio é esse e hoje muitos cidadãos europeus consideram a guerra um anacronismo obsceno.
Progresso moral? Talvez, mas não é o que julga o resto do mundo e convém prestar atenção porque poderá haver adversários suficientemente teimosos para não se deixarem convencer a bem e suficientemente hostis para, por sua vez, nos quererem convencer a mal.Por outras palavras: devem-se em princípio evitar guerras mas poderá ser impossível evitá-las. Ou porque, atacado, um país queira defender-se ou por se saber que não travar cedo o passo a um agressor é criar calamidades futuras maiores (Hitler e Munique). Infelizmente, discursos de políticos e orçamentos de defesa mostram que, com raras excepções, opiniões e governos europeus preferem ignorar estas evidências. Por julgarem que ninguém os atacará? Por continuarem a contar com os americanos? Não sei. O que sei é que tal atitude não prepara os europeus para um mundo sem guerra, prepara-os para perderem as guerras em que o mundo um dia os meter.»

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