quinta-feira, 31 de agosto de 2006
COMEÇO A IRRITAR-ME, COMIGO.
quarta-feira, 30 de agosto de 2006
A DEMOCRACIA SUJEITA ÀS MÁFIAS DOS APARELHOS PARTIDÁRIOS
Quando os estados se deixam dominar pelos aparelhos partidários, mais não fazem do que incrementarem as actividades mafiosas. Se bem repararam, com a queda do Muro de Berlim, ficou bem visível que por aqueles países mais não se fez do que criar uma rede de máfias com mafiosos bem treinados, que agora se entretêm a incrementar o crime organizado não só nos seus países, como também nos “maus países capitalistas imperialistas”. Claro que é só para castigar esses países imperialistas, conforme sempre lhes foi explicado. E os aparelhos partidários dos países capitalistas aderiram porque acharam o exemplo muito bom, como acham sempre bons os exemplos de como roubar os contribuintes, e viver à custa desses mesmos pategos contribuintes.
A democracia criou os seus próprios monstros. E sofrerá com eles se não os eliminar com as mesmas armas deles.
terça-feira, 29 de agosto de 2006
OS COMANDOS NATIVOS DA GUINÉ
UMA BOA DEFINIÇÃO DO PORTUGAL HODIERNO.
Entrámos para a C.E.E. como país da Cauda da Europa, e de lá saímos, 10 anos depois, exactamente na mesmíssima posição. Vinte anos depois, ainda estamos pior: somos a Cauda, não de 12, mas de 25. Pelo meio, fizemos desaparecer biliões; destruímos, com o betão e ódio típico pelo vegetal, todo o equilíbrio paisagístico; fizemos estradas assassinas, com revestimento a durar meia dúzia de meses; enterrámos a frota de pesca; transformámos a Agricultura numa paródia de importações de frutas e legumes verdes... dos outros, e mais caros; escaqueirámos as indústrias tradicionais; regredimos a níveis culturais típicos do primeiro Salazarismo, mas todos muito cheios de diplomas; multiplicámos universidades privadas, para dar guarida aos maus e menos maus que faziam sombra aos péssimos já instalados; assistimos ao emergir de piolhos políticos, …………………………………………………………………………….., entre outros; perdemos a humildade e ganhámos a ganância dos novos-ricos; não produzimos um único grande escritor, um grande músico, um grande pintor, um grande cineasta que fosse: em contrapartida, arranjámos um Clube da Mediania, que, desde então, fez fretes ao Sistema, para fingir que estávamos iguais a... "lá fora".
Subvertemos o tecido social de alto a baixo, convertendo, sem transição, rurais em drogados suburbanos do litoral; inventámos Bancos para lavar capitais; deixámos crescer monstros que impediam qualquer nível de liberdade do cidadão; multiplicámos cartéis, monopólios, oligopólios e outras formas de chulice, e chamámos-lhes, pomposamente "Livre Mercado"; ensinámos a medir o vizinho do lado pelo pouco que tinha a mais, ou a menos, do que nós; cultivámos o desprezo, a impiedade e a arrogância; bloqueámos o acesso à Realidade, através de "lobbies" de comunicação, que, diariamente, asseguram aquela ficção que, por sua vez, garante a manutenção do xadrez do "Sistema" e das suas reles peças; transformámos a "velha cunha", artesanal, na "nova cunha", industrial e impiedosa; adubámos os rostos da nossa miséria mental, Fátima, Futebol e o Fado, a níveis a que nem Salazar se atreveria; habituámo-nos a circular em carros, de luxo, em lamentáveis estradas de... lixo; tornámos o metro quadrado habitacional num dos mais caros da Europa, para podermos lavar, num só acto de compra de barraca, o máximo de capital; transformámo-nos num dos países do tráfico sujo de armas; somos a auto-estrada da Droga; desfizemos o Primado da Independência dos Poderes, que vinha da Revolução Francesa, indexando os tribunais às ordenanças dos políticos, e os políticos aos poderes dos capitais e das confrarias; preferimos ser governados por Sociedades Secretas; transformámos as estruturas do Estado em gigantescas metástases da Maçonaria, da Opus Dei, do "Lobby Gay", dos Construtores Civis, dos Traficantes de Drogas e de Armas; descobrimos que tínhamos políticos tão porcos e cobardes que faziam passar a sua sexualidade pelo abuso de crianças, e logo varremos o assunto todo para debaixo do tapete, como se nunca tivesse acontecido; punimos as vítimas e promovemos os culpados; desenvolvemos polícias e tribunais especializados em encobrir o Crime; criámos uma Máquina Informativa eficaz, que transforma todo o anterior num país de sorrisos; tornámos ministros, e primeiros-ministros, criaturas de perfil mais do que duvidoso, e que, num sistema correcto, teriam cadastro, e não currículo; elegemos, com maiorias absolutas, para autarquias, indivíduos que puramente deviam estar sentados na barra do tribunal; tornámos o Estado num cancro; bajulámos os lucros ilícitos de instituições mafiosas, cujos crescimentos roçam os 30%, à custa do permanente Branqueamento e da escravização financeira do pacato cidadão comum; vivemos numa permanente mentira; passámos do elevado diálogo cultural, entre civilizações, para um estado de guerra permanente, entre tarados fundamentalistas; integrámos o Racismo como uma necessidade quotidiana; transformámos a nossa liberdade individual num pântano de anátemas e de promiscuidades religiosas e morais, destinada a impedir a felicidade de cada um; baixámos o nosso nível, e a consciência de civismo, a um ponto tal que já não percebemos que nos assistia o simples direito de processar o Estado, à saída semanal de cada Conselho de Ministros, por permanente violação dos nossos direitos de cidadania; transformámos cada cidadão no espião do seu vizinho; reduzimos o nosso nível de leitura aos padrões medievais; castrámos a Juventude, através das cenouras dos bens supérfluos, e da criação de uma estrutura de comparações, onde quem não tem é, pura e simplesmente, liquidado; afundámos o sangue jovem nos desastres de mota, nos "racings", nas drogas, no álcool, nos químicos, na "Night" e na Sida.
(…)
Algures, numa obra que não posso precisar, Vergílio Ferreira afirma que, se enfiássemos uns óculos cor-de-rosa, em pouco tempo o cor-de-rosa desapareceria, como cor, por tudo ser visto através da cor de rosa deles. Do mesmo modo, para quem tenha nascido e sido criado neste estado de coisas, ele não é um aberrante estado de coisas, mas um mero, e simples, estado... natural. Bastava ter nascido 10 minutos, ou dez segundos, antes, para perceber que isto não era a Realidade, mas uns terríveis óculos cor-de-rosa postos à frente dessa mesma Realidade. »
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
O QUE É, HOJE, UM DEPUTADO?
E faço a pergunta porque me lembrei do Dr. Jorge Gamboa, que foi um ilustre médico aqui na ilha e também deputado à, então, Assembleia Nacional. Aqui há uns anos atrás, num programa da RTP Açores, foi o Dr. Jorge Gamboa o entrevistado. E nesse programa relatou algo sobre a sua experiência de deputado. Recordo muito bem ele ter dito o quanto auferia nessa função de serviço à res publica, acrescentando que, naquele tempo das viagens demoradas de barco dos Açores para Lisboa, tinha de passar longas temporadas no Continente. Mas realçou que o que auferia não chegava para cobrir as despesas da estadia, pelo que tinha de pôr do seu bolso, ou seja, do rendimento que lhe advinha do exercício da profissão, então interrompida, ou de outros rendimentos próprios de família.
Deixo então a resposta à pergunta que faço no título do post aos leitores. Fazei vós mesmos o cotejo entre o antes e o actual dos deputados. Tirai vós mesmos a ilação.
domingo, 27 de agosto de 2006
E OS EX-COMBATENTES?
Anteontem ouvi, numa rádio, o General Loureiro dos Santos a referir-se à questão do envio de tropas para o Líbano. Na teoria e em abstracto até estou mais ou menos de acordo com o que o general exprimiu. Na prática, e no caso português, discordo.
Porque este empenho para Portugal participar em missões internacionais só serve a intenção de exibir alguma utilidade para as forças armadas. E o país não tem capacidade financeira para o fazer sem exigir ainda mais sacrifícios a uma população que já tem o pior nível de vida na União Europeia. E que para fazer qualquer coisa tem de se humilhar a pedir viaturas emprestadas, como foi o caso do Iraque. As forças armadas buscam desesperadamente acções que justifiquem as suas mordomias.
E não se vê empenho em exigir as devidas compensações aos ex-combatentes. Não se faz justiça aos ex-combatentes. Ao contrário de outros países as forças armadas portuguesas ignoram os ex-combatentes, pois só estão preocupadas é com as suas mordomias. Ignoram o país. Como tal não há razão para o país se sacrificar para manter umas forças armadas que, na minha opinião, já nada significam para o país, pois divorciaram-se do país. E o nosso vizinho é a Espanha. Se se fizer a comparação nem dá para pensar mais nas nossas forças armadas. Poupava-se logo mais do que suficiente para se pagar uma pensão muitíssimo justa aos ex-combatentes, para se poderem reformar em tempo útil, embora não tão útil como as saborosas passagens à reserva. E acabava-se com situações de injustiça face aos trabalhadores, que são, afinal, os sacrificados para se manter o país à tona, os únicos produtivos.
sábado, 26 de agosto de 2006
A FALÁCIA DO RELACIONAMENTO INTERNACIONAL
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
A ORDEM ACTUAL NÃO É CONFIÁVEL
OS DOMÍNIOS PLANETÁRIOS
terça-feira, 22 de agosto de 2006
DELEGAR O PODER É HOJE UM PROBLEMA DEMOCRÁTICO
vision policial de sociedad entre los buenos y los malos.»
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
IGNORÂNCIA DILETANTE
Em alguns blogs, comenta-se muito sobre o passado português, especialmente sobre o tempo da ditadura salazarista, sem se saber bem o que se passava. Ignorância diletante.
Isto vem a propósito da Legião Portuguesa. Porque se comenta como se todos os legionários fossem bandidos. Esquecem-se ou, simplesmente, ignoram que muitos portugueses pobres aderiam à Legião para beneficiarem de algumas migalhas que lhes podiam mitigar a pobreza. Disse há dias atrás, comentando noutro blog, que a Legião Portuguesa não passava de um agrupamento de maltrapilhos e esfomeados. Uma imagem talvez exagerada. Mas não confundir os quadros da Legião com o resto da tropa fandanga. A grande maioria aderia para ter emprego, é certo, mas também para terem roupa, acesso a médico e a medicamentos, que embora escasso, já era alguma coisa quando nada havia, substituindo assim a Segurança Social, então inexistente. Os “MENINOS” que hoje vivem num estado social com muita segurança garantida, nem imaginam a miséria que eram os anos cinquenta e sessenta, para já não referir os anteriores. E são esses “MENINOS” que hoje produzem opiniões alarves, sem perceberem o que era sobreviver nesses anos. Anos em que ter acesso à saúde era luxo.
Julgar pessoas que sofriam, ao tempo, os rigores da pobreza vigente, e que labutavam pela sobrevivência, não é moralmente aceitável, sobretudo quando os juízos são proferidos por idiotas que sobrevivem a sua mediocridade na militância mafiosa do actual regime.
domingo, 20 de agosto de 2006
HOJE OS BURROS ZURRARAM
sábado, 19 de agosto de 2006
A DERRADEIRA DEFINIÇÃO DO PCP
sexta-feira, 18 de agosto de 2006
O DESASTRE PREVISÍVEL
O PDEC
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
TER RAZÃO PARA ALÉM ...
MARCELLO CAETANO
quarta-feira, 16 de agosto de 2006
FANTOCHADA
terça-feira, 15 de agosto de 2006
LENDO AQUI E ALI
«Se não se conhecesse nos políticos lusitanos a tendência para o folclore mágico-discursivo, dir-se-ia que estas palavras correspondem à verdade.» Leia-se aqui o excelente artigo de Carlos Pacheco.
«Quero chamar a direita que quer modernizar o país, para pensar, sobretudo numa perspectiva liberal, questões como a economia, a reforma do Estado, o futuro da Segurança Social, o sistema educativo, a organização da Saúde.» Leia-se Pedro Ferraz da Costa no Expresso de 12-08-06.
«Há cerca de sete anos, o Médio Oriente era uma região estrategicamente equilibrada, com o Iraque fazendo frente às ambições de um Irão, onde os movimentos reformistas tinham colocado um seu próximo na Presidência da República. Os países árabes apoiavam os esforços dos EUA, na promoção de negociações que resolvessem o conflito israelo-palestiniano. O preço do petróleo, comparado com os preços actuais, era quase uma ninharia. A esta quase estabilidade presidiam uns Estados Unidos influentes, credíveis, poderosos, considerados por todos os países como a única superpotência que efectivamente contava.Depois de entrar em funções, a Administração Bush e os neoconservadores que nela pontificavam aproveitaram a tragédia do 11 de Setembro de 2001 para pôr em marcha um programa "revolucionário", que democratizaria o Médio Oriente, reduziria o preço do petróleo, acabaria com o terrorismo islamista e colocaria ponto final ao conflito israelo-palestiniano. Tudo, com o emprego da força militar, que faria florescer democracias... Sabemos o que aconteceu. Usando a expressão de Bush e Condoleezza Rice, o Médio Oriente já se transformou num "novo Médio Oriente", cuja principal característica é uma perigosa instabilidade, em vez da relativa estabilidade anterior.» Leia-se aqui Loureiro dos Santos.
«Falhada a gloriosa aventura do comunismo e desfeitos os sonhos da ideologia, resta à esquerda aprender a viver num mundo que a contraria e escolher um inimigo que lhe restitua a identidade perdida. O resultado deste duvidoso exercício é conhecido: um delírio teórico que despreza a realidade e um moralismo sem moral que leva à defesa dos pobres e dos oprimidos e ao elogio de regimes que sobrevivem (e sobreviveram) à custa de uma imensidão... de pobres e de oprimidos.» Leia-se aqui Constança Cunha e Sá
«O que está à vista, porém, tanto ou mais do que a necessidade de prevenir o terrorismo na ordem internacional, é a necessidade de regular na ordem interna de cada país, e do espaço europeu no seu conjunto, a coexistência de pessoas com matrizes culturais diferentes que integram a mesma cidade, gozam das mesmas liberdades e dispõem dos mesmos equipamentos colectivos.É verdade que os acontecimentos da semana passada revelam um enorme avanço na actuação conjugada das polícias. É verdade também que, à histeria dos que gritam que vem lá o fascismo ao mínimo reforço do controlo nos aeroportos, há já muita gente a defender que as liberdades não devem ser usadas de um modo tão irrestrito que sirvam o interesse dos que pretendem acabar com elas. Mas tudo isto será insuficiente, ou até marginal, enquanto se continuar a pensar as nossas sociedades como se elas ainda fossem, como dantes, homogéneas, rodeadas embora por uma periferia de imigrantes, os quais se governam a seu modo, com os seus códigos, os seus líderes e as suas obediências mais ou menos excêntricas em relação ao espaço público.» Leia-se aqui Diogo Pires Aurélio
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
É FASCINANTE
domingo, 13 de agosto de 2006
AS GUERRAS ONDE HÃO-DE METER OS EUROPEUS
Progresso moral? Talvez, mas não é o que julga o resto do mundo e convém prestar atenção porque poderá haver adversários suficientemente teimosos para não se deixarem convencer a bem e suficientemente hostis para, por sua vez, nos quererem convencer a mal.Por outras palavras: devem-se em princípio evitar guerras mas poderá ser impossível evitá-las. Ou porque, atacado, um país queira defender-se ou por se saber que não travar cedo o passo a um agressor é criar calamidades futuras maiores (Hitler e Munique). Infelizmente, discursos de políticos e orçamentos de defesa mostram que, com raras excepções, opiniões e governos europeus preferem ignorar estas evidências. Por julgarem que ninguém os atacará? Por continuarem a contar com os americanos? Não sei. O que sei é que tal atitude não prepara os europeus para um mundo sem guerra, prepara-os para perderem as guerras em que o mundo um dia os meter.»
sábado, 12 de agosto de 2006
QUEM OS SEUS INIMIGOS POUPA, ÀS SUAS MÃOS MORRE.
TERRORISMO - A SAGA
«Para começar, é bom perceber que uma operação desta envergadura não se improvisa. Exige um conhecimento técnico avançado, liberdade de movimentos, muito dinheiro e uma extensa rede de cumplicidades. Mais do que isso, precisa para se desenvolver de uma atmosfera favorável. O Ocidente, no caso a Inglaterra, oferece tudo isto aos terroristas. Respeita o seu direito à cidadania, protege a propagação de uma doutrina de intolerância e ódio e não pune, como devia, o incitamento à violência. Não estamos perante vítimas sem defesa de uma "globalização" cruel. Estamos perante gente sofisticada, que o Ocidente educou e deixou crescer.
(...)
sexta-feira, 11 de agosto de 2006
O TERRORISMO AÉREO
CABO DE TRABALHOS
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
POLVO
terça-feira, 8 de agosto de 2006
GUARDAS DE UMA MEMÓRIA
POIS, A REPUGNÂNCIA
Na sequência do que aqui, neste blog, foi posto sobre geoestratégia, não posso deixar de referir de uma frase dum artigo do Público de hoje: A repugnância europeia pelo uso da força, a convicção de que ela deve ser regulada e de que os que a usam em desrespeito dos valores e direitos fundamentais devem ser condenados tem de ser a característica fundamental da política externa da União. Isto classifico eu de lirismo. O conjunto dos valores e dos direitos fundamentais é um conceito só compreendido pela Europa e na Europa. A perigosa mistura de ingenuidade e de ignorância é que pode julgar que tal conceito é exportável. Não é. E não o entender é que tem levado a Europa para uma situação de falência a várias perspectivas, sobretudo da credibilidade e da convicção.
O espaço não europeu não joga, nem o quer fazer, com as regras europeias. A Europa, por razões que são demasiado extensas para expô-las aqui, teima em não querer perceber que já não é protagonista, mas sim vítima. E se não toma cuidado com a demografia e com a emigração, vai soçobrar. Porque os emigrantes não se querem transformar em europeus, e exigem, explorando as falhas e as ternuras europeias, que a Europa se transforme à sua medida. Os líricos não o querem entender. O tempo se encarregará de lhes demonstrar a realidade. Então já irreversível.
PODER
Quando não há essa capacidade há demagogia, conversa da treta, embuste, servidão de interesses obscuros e exógenos.
Manda quem pode, obedece quem deve. No limbo flutua a canalha cobarde.
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
domingo, 6 de agosto de 2006
INCÊNDIOS
Até à década de 60 havia uma economia rural que se sustentava muito da limpeza das matas e florestas. Roçava-se o mato para as camas dos gados nos estábulos. E também se roçava o mato para combustível doméstico, juntamente com todas as aparas e desperdícios das matas e florestas. As aldeias ficaram desertas, o interior ficou diminuído, e essa actividade da economia rural deixou de se executar, logo a limpeza das matas e florestas deixou de ser feita. É esse o preço que se paga por não se ter acautelada uma estratégia sustentada de povoamento. O encerramento das maternidades e escolas é, simplesmente, o corolário de não se ter cautelas.
sábado, 5 de agosto de 2006
ET VOILÁ
ENSINAR MAL CUSTA TANTO COMO ENSINAR BEM, SÓ QUE SAI MAIS CARO
CENTRAR NA EDUCAÇÃO
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
A GUERRA
A guerra que aflige com os seus esquadrões o Mundo,
É o tipo perfeito do erro da filosofia.
A guerra, como todo humano, quer alterar.
Mas a guerra, mais do que tudo, quer alterar muito
E alterar depressa.
Mas a guerra inflige a morte.
E a morte é o desprezo do Universo por nós.
Tendo por consequência a morte, a guerra prova que é falsa.
Sendo falsa, prova que é falso todo o querer alterar.
Deixemos o universo exterior e os outros homens onde a Natureza
Os pôs.
Tudo é orgulho e inconsciência.
Tudo é querer mexer-se, fazer cousas, deixar rasto.
Para o coração e o comandante dos esquadrões
Regressa aos bocados o universo exterior.
A química directa da natureza
Não deixa lugar vago para o pensamento.
A humanidade é uma revolta de escravos.
A humanidade é um governo usurpado pelo povo.
Existe porque usurpou, mas erra porque usurpar é não ter direito.
Deixai existir o mundo exterior e a humanidade natural!
Paz a todas as cousas pré-humanas, mesmo no homem!
Paz à essência inteiramente exterior do Universo!
Fernando Pessoa (Alberto Caeiro)