Algo que eu julgo impossível devido ao nível de imbecilidade para que se tem conduzido o povo português, bem como a existência sufocante de medíocres na política e na administração pública.
Mas este título é o 6º problema que Jorge A. Vasconcellos e Sá refere no seu livro, já por mim aqui referenciado algumas vezes, "Portugal a Voar Baixinho", de 1999. Eis como ele o vê este problema:
Mas este título é o 6º problema que Jorge A. Vasconcellos e Sá refere no seu livro, já por mim aqui referenciado algumas vezes, "Portugal a Voar Baixinho", de 1999. Eis como ele o vê este problema:
«6 - Sexto, a reforma das mentalidades: a grande, grande reforma que até ao momento não foi feita em Portugal.
Se se pensar o que existe de comum entre países de sucesso tão díspares entre si como a Suíça, Singapura e, mais recentemente, o Chile e o que os distingue de países de insucesso, por vezes com mais terra, recursos naturais e maior mercado interno propiciador de aproveitamento de economias de escala, a resposta tem de ser encontrada na ética do trabalho da sua população.
A quatro níveis. Em primeiro lugar, no profissionalismo, isto é, orgulho em fazer o trabalho bem feito: a prossecução da qualidade e rigor, por oposição ao tanto faz e à irresponsabilidade. Em segundo lugar, o sentimento de que há que trabalhar muito e já para assegurar a sobrevivência económica de um país na aldeia global, por oposição a uma certa lassidão em relação ao tempo, o deixar andar.
Terceiro, o pragmatismo, a procura da simplificação, a predisposição para ajudar a andar para a frente, em vez do culto do não, da tendência para complicar e de mesquinhamente se dar importância ao pormenor que inverte a escala das prioridades.
Finalmente a crença de que: todos iguais, todos diferentes, isto é de que a diversidade é fonte de riqueza. A crença por cada um de que o seu sucesso é possível. Por oposição à tendência para nivelar os outros por baixo.
Dizia-me recentemente um professor americano que vem frequentemente a Portugal, que nos EUA o poder está com quem constrói, enquanto em outros países está com quem bloqueia. Porque nos EUA o sucesso é premiado enquanto em outros é ressentido. Por isso há países em que cada um trata da sua vida (mind his own business), enquanto em outros as pessoas estão constantemente distraídas com a vida dos outros (por palavras e actos), não construindo nada e dificultando a construção pelos outros.»
Se se pensar o que existe de comum entre países de sucesso tão díspares entre si como a Suíça, Singapura e, mais recentemente, o Chile e o que os distingue de países de insucesso, por vezes com mais terra, recursos naturais e maior mercado interno propiciador de aproveitamento de economias de escala, a resposta tem de ser encontrada na ética do trabalho da sua população.
A quatro níveis. Em primeiro lugar, no profissionalismo, isto é, orgulho em fazer o trabalho bem feito: a prossecução da qualidade e rigor, por oposição ao tanto faz e à irresponsabilidade. Em segundo lugar, o sentimento de que há que trabalhar muito e já para assegurar a sobrevivência económica de um país na aldeia global, por oposição a uma certa lassidão em relação ao tempo, o deixar andar.
Terceiro, o pragmatismo, a procura da simplificação, a predisposição para ajudar a andar para a frente, em vez do culto do não, da tendência para complicar e de mesquinhamente se dar importância ao pormenor que inverte a escala das prioridades.
Finalmente a crença de que: todos iguais, todos diferentes, isto é de que a diversidade é fonte de riqueza. A crença por cada um de que o seu sucesso é possível. Por oposição à tendência para nivelar os outros por baixo.
Dizia-me recentemente um professor americano que vem frequentemente a Portugal, que nos EUA o poder está com quem constrói, enquanto em outros países está com quem bloqueia. Porque nos EUA o sucesso é premiado enquanto em outros é ressentido. Por isso há países em que cada um trata da sua vida (mind his own business), enquanto em outros as pessoas estão constantemente distraídas com a vida dos outros (por palavras e actos), não construindo nada e dificultando a construção pelos outros.»
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