Alguns dos mais sérios conflitos que estão em curso, e não parecem dar sinais de regresso à paz, obrigam à modéstia de reconsiderar o rigor das prospectivas que conduziram a decidir e legitimar envolvimentos ocidentais, em nome dos direitos do homem, em nome dos deveres humanitários, em nome de enganos, e naturalmente de interesses económicos e estratégicos.
Uma doutrina tranquilizante dos desvios de uma relação publicável entre o uso da força e a ética de governo é a que apela às avaliações dos efeitos produzidos, e considerados como retribuição justa da acção empreendida, ainda que por vezes violando os normativos em vigor. A destruição do eixo do mal, incluindo a prevenção da ameaçadora posse de armas de destruição maciça, inscreve-se nessa perspectiva consequencial animadora da imposição dos sacrifícios inerentes à subida aos extremos da guerra.
O que não parece comprovado pelos factos é que essa metodologia esteja suficientemente afinada para não ser surpreendida pelos efeitos não previstos, mais cobertos pela lei da incerteza a que todos os fenómenos sociais andam subordinados do que pela suficiência tecnocrática dos decisores.
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