Destaco, porque ele o diz melhor do que eu, o seguinte trecho:
Para começar, só uma pequena minoria (26 por cento) acredita que vai viver melhor em 2008 e, provavelmente, está muito enganada. Para a maioria (74 por cento), o futuro "imediato" - o dinheiro e o emprego - é a grande preocupação, para não dizer a grande angústia. A propaganda e as promessa de Sócrates não pegaram. Ninguém, ou quase ninguém, acredita no futuro.Segundo o inquérito, os portugueses preferem a honestidade ao poder. Por outras palavras, não querem mudar o mundo, porque desconfiam da mudança. Já lhes basta que não os roubem, iludam ou enganem. É o ponto de vista da vítima. Da vítima da pobreza e da vigarice. Ao próximo (e, sobretudo, ao Estado) só pedem "tolerância social". No fundo, que não se metam com eles, que os deixem pacificamente no seu canto. Gostam da tradição (embora não se perceba qual; suspeito que a do mito salazarista). Não gostam da "modernidade" nem da mania de os "modernizar". E, logicamente, em matéria de marcas, votam pela Mercedes (32 por cento), que simboliza a duração e a solidez; não votam em "novidades" (como a Apple), sem valor seguro ou garantia da experiência.
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