O artigo de Rui Moreira, aqui no Público, de que destaco o início, vai-me obrigar a lembrar de pôr ainda este mês um post sobre os fechos das rubricas orçamentais nas chafaricas do Estado.
Já se sabe que as obras públicas estão sempre sujeitas ao efeito consecutivo de um multiplicador comum: primeiro, surgem os estudos de consultores competentíssimos, que indicam um orçamento inicial. Na elaboração dos cadernos de encargos, esse orçamento é multiplicado até se chegar à base de licitação. Adjudicada a obra, os "trabalhos adicionais" imprevistos e não orçamentados multiplicam novamente o valor pelo mesmo factor. Quando a factura chega ao conhecimento do público, a culpa não é de políticos nem técnicos, porque há muito que morreu solteira.
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