quarta-feira, 13 de junho de 2007

VAMPIROS

Cada vez mais pertinente o poema do Zeca Afonso. Começo a ter dúvidas se as novas gerações são capazes de o interpretar. Nem sei se o entendem como "palavras soltas" das avaliações de português. Nem sei se isso. Mas os tempos actuais são dos vampiros. Já coloquei aqui o poema. Hoje só aqui deixo o intróito.


No céu cinzento
Sob o astro mudo
Batendo as asas
Pela noite calada
Vem em bandos
Com pés veludo
Chupar o sangue
Fresco da manada
Se alguém se engana
Com seu ar sisudo
E lhes franqueia
As portas à chegada
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada

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