A globalização não é uma simples questão de liberdade de movimentos de mercadorias e de capitais. É necessário geri-la e isso implica novas abordagens nas políticas nacionais e novas responsabilidades para os organismos internacionais. A grande interrogação de momento incide sobre a capacidade das grandes potências económicas para aceitarem essa evidência. Em especial no caso dos EUA, ainda o indiscutível ‘leader’ do processo, parece mais provável, na actual conjuntura política, assistirmos a uma nova tentativa do Fed para salvar os mercados. Os pequenos devedores incautos pagarão a factura da sua imprudência, mas é improvável que vejamos pôr termo às grandes “alavancagens” e a “corrida às armas de destruição financeira maciça”.
Teodora Cardoso, in Diário Económico, do artigo "Os mercados e a economia".
Agora que a crise chegou, centrada nos Estados Unidos e não podendo, por isso, ser atribuída à irresponsabilidade latino-americana nem ao ‘cronyism’ asiático, há dois riscos que já se tornaram claros no que respeita ao debate sobre a arquitetura e regulação do sistema financeiro.
(...)
Nesses casos, porém, não são as reformas internacionais que podem por si sós resolver o problema, se a qualidade das instituições e o valor atribuído por esses países à autoridade moral – e não à simples força bruta – que lhes cabe exercer não estiverem à altura das suas responsabilidades globais.
Teodora Cardoso, in Diário Económico, do artigo " Conhecimento imperfeito"
... diploma na "ciência" que, por esse mundo fora, tem liquidado as escolas.
Maria Filomena Mónica, ontem, no Público. Artigo a ler com muita atenção.
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