terça-feira, 23 de outubro de 2007

ESTUDAR ? E SERVE PARA QUÊ ?

aqui num post intitulado “Estudar ou não estudar”, que remete ainda para outros como o “Não vale a pena estudar em Portugal”, eu abordei a temática da não viabilidade de se estudar, pois em Portugal não gostam lá muito das pessoas que estudam. Dá-se mais importância a méritos mais manhosos para se singrar.
Mas hoje, no Público, Maria Filomena Mónica aborda exactamente este tema no seu artigo “VALE A PENA MANDAR OS FILHOS À ESCOLA?”. E do artigo destaco as seguintes passagens:

A revolução contribuiu para que muitos acreditassem ser a educação o caminho para uma vida melhor. Ao longo das últimas três décadas, os pais fizeram enormes sacrifícios para levar os filhos até à universidade. (...) Vendo-os desempregados, sentem-se, como é óbvio, ludibriados.
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Um momento houve, em 1974, em que tudo pareceu possível. Mas a esperança de que Portugal se pudesse tornar numa sociedade meritocrática está em vias de desaparecer. A maioria dos pais considera, mais uma vez, que não é através da escola que se sobe na vida, mas através de "cunhas". Por outro lado, olha o espectáculo dos licenciados no desemprego com espanto. Muitos, pais e filhos, pensarão duas vezes antes de continuar na escola.
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Quanto ao prolongamento da escolaridade, em nada contribuirá para diminuir a desigualdade social. A massificação do ensino encarregar-se-á de fazer diminuir o valor desse diploma. Do ponto de vista da mobilidade, o 12.º ano valerá menos do que a antiga 4.ª classe: não porque os alunos saibam menos, mas porque, ao distribuir um bem a todos, fica ipso facto desvalorizado. Os factos mais importantes são a evolução do mercado de trabalho e a melhoria dos curricula. Sem isto, o prolongamento da escolaridade apenas serve para esconder o desemprego juvenil.
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A existência de expectativas profissionais quanto ao futuro só nasce em sociedades dinâmicas. Infelizmente, não é isso que acontece em Portugal.

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