Há pouco, na TSF, naqueles programas onde a malta bota faladura, ouvi alguém dizer que o estado devia auxiliar, ajudar as pessoas para deixar de fumar. PASSEI-ME. Tá tudo burro? O estado tem de tratar de tudo ao cidadão? Até do controlo da vontade? Passei-me. Deixei de fumar há 16 anos e não fui pedir nada ao estado, nem para me devovlver os impostos sobre o tabaco que paguei. Somos um povo imbecil? Eu já começo a duvidar de tudo.
sexta-feira, 7 de abril de 2006
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3 comentários:
Caro amigo, um pouco à semelhança da droga, a dependência do tabaco é uma questão que pode ser encarada como um problema de saúde pública.
Assim, o Estado pode e deve ajudar. E como ? Por exemplo, comparticipando os medicamentos que ajudam as pessoas a deixar de fumar. Tão simples como isso.
Será assim tão descabido ? Acho que não. E, além disso, é capaz de ficar bem mais barato do que tratar as doenças tramadas que resultam dos hábitos tabagistas.
É descabido quando isso demonstra uma certa forma de estar na vida. No sentido de que os portugueses são Estado-dependentes. Para tudo. O grande manto do Estado tem de servir de muleta a TUDO. Isto tem profundas razões históricas, à qual se junta a nossa tradicional forma de ser.
Para que hei-de trabalhar se posso ficar em casa e receber o subsidio? Eu até deixava de fumar, mas o Estado tem de ajudar. E é por causa desta nossa postura perante a vida que estamos como estamos..
Papagaio Azul, até o CDS-PP - os principais paladinos do neo-liberalismo numa lógica sua de "menos Estado, melhor Estado" - defende o seguinte:
"O CDS-PP propõe que o Estado apoie tratamentos anti-tabágicos, até a um limite máximo de duas tentativas ao longo da vida de cada fumador, ajudando verdadeiramente os fumadores a deixarem de sê-lo, através de tratamentos certificados pelo Ministério da Saúde, à semelhança do que já se passa noutros países da União Europeia.
Segundo o CDS-PP, mais importante do que estigmatizar ainda mais o fumador, é sensibilizar sempre mais a população para os malefícios causados no organismo humano pelo tabaco, explicando-os continuamente."
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