«A grande controvérsia que hoje impera no mundo da educação resulta de a ministra ter afirmado que os professores também são responsáveis pelo insucesso escolar. E, no entanto, nada é mais natural: os professores têm uma missão bem definida, muitíssimo importante e insubstituível - educar. Se a educação não está bem, se o insucesso escolar se tornou num problema gravíssimo, os professores não podem em caso algum dizer que não têm nada a ver com assunto, que a responsabilidade não é sua, que outros são os culpados. São eles quem dia a dia recebe as crianças, com a extraordinária missão de lhes transmitir conhecimentos, de os formar, de os preparar para a vida profissional e para o papel que cada um deve desempenhar na sociedade. O seu trabalho é dos mais nobres e dos mais importantes em qualquer sociedade. Por isso mesmo, tem de ser concretizado com grande seriedade e profissionalismo, respondendo a níveis de exigência muito altos.Há evidentemente muitos bons professores em Portugal; há também muitos outros que encaram o seu trabalho como uma rotina que tem de ser cumprida, sem qualquer preocupação com os resultados. Daí que, de facto, a primeira prioridade na melhoria da acção educativa tenha de ser uma séria avaliação dos professores, com grande capacidade de discriminação entre bons e maus, com recompensas tangíveis para os bons e sanções pesadas para os maus. Depois de muitos anos em que todos os professores são classificados como muito bons e em que todos sem excepção sobem automaticamente ao topo da carreira, é imperativo que se reintroduza alguma seriedade na avaliação e que se restabeleça a meritocracia como critério único de progresso na carreira.»
domingo, 18 de junho de 2006
CONTROVÉRSIA
Na sequência de um comentário feito ao post anterior, é meu dever contribuir com outra citação do mencionado artigo para dissipar dúvidas:
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