Desde logo porque se fala em despenalização e não em descriminalização. Tiram a pena e mantêm o crime. Ridículo. Patético.
Mas quero já dizer que eu, por concepção da moral e princípios de ética, sou contra o aborto, mas sou totalmente a favor de que as pessoas, se assim o entenderem, o façam em plena liberdade.
A Igreja Católica que defende, e bem, por razões doutrinais, a existência da vida e, por isso, é anti-aborto, age mal quando tenta impedir pela força a prática do aborto. A Igreja deveria limitar-se ao seu papel de elucidar sobre o bem e o mal. E depois cada um agiria em consciência. Mas não consegue fugir à sua vocação fundamentalista de obrigar as pessoas a não pecar à força. E desde sempre. Por isso é que para salvar a alma de pecadores lhes destruía o corpo nas fogueiras das inquisições, com ou sem ofício de santo tribunal. Age mal a Igreja e dá sinais errados aos seus seguidores, e aos não seguidores, sobre a bondade no e do Evangelho.
Depois também a hipocrisia de muitas pessoas que não tendo filhos, não tendo intenção de contribuir para os ter, porque é de sua natureza serem avessos a isso, fazem campanha contra o aborto, o que não ajuda nada a clarificar a questão.
Também a hipocrisia geral de quem não toma atitude nenhuma de cidadania, piora a situação. À mistura com uma série de dramas sociais, de vária índole, que vagueiam pelo país.
Finalmente não entendo tanto alvoroço, porque o problema resolve-se bem em Espanha, e ainda por cima É MAIS BARATO do que em Portugal. Deveria ser possível fazer o aborto em Portugal, em sã liberdade e em perfeitas condições, mas seria ou vai ser sempre muito mais caro do que em Espanha. Os actos médicos em Espanha são mais baratos do que em Portugal, apesar de lá se ganhar melhor e a economia ser muitíssimo melhor do que a portuguesa. Vá-se lá a saber porquê.
Mas quero já dizer que eu, por concepção da moral e princípios de ética, sou contra o aborto, mas sou totalmente a favor de que as pessoas, se assim o entenderem, o façam em plena liberdade.
A Igreja Católica que defende, e bem, por razões doutrinais, a existência da vida e, por isso, é anti-aborto, age mal quando tenta impedir pela força a prática do aborto. A Igreja deveria limitar-se ao seu papel de elucidar sobre o bem e o mal. E depois cada um agiria em consciência. Mas não consegue fugir à sua vocação fundamentalista de obrigar as pessoas a não pecar à força. E desde sempre. Por isso é que para salvar a alma de pecadores lhes destruía o corpo nas fogueiras das inquisições, com ou sem ofício de santo tribunal. Age mal a Igreja e dá sinais errados aos seus seguidores, e aos não seguidores, sobre a bondade no e do Evangelho.
Depois também a hipocrisia de muitas pessoas que não tendo filhos, não tendo intenção de contribuir para os ter, porque é de sua natureza serem avessos a isso, fazem campanha contra o aborto, o que não ajuda nada a clarificar a questão.
Também a hipocrisia geral de quem não toma atitude nenhuma de cidadania, piora a situação. À mistura com uma série de dramas sociais, de vária índole, que vagueiam pelo país.
Finalmente não entendo tanto alvoroço, porque o problema resolve-se bem em Espanha, e ainda por cima É MAIS BARATO do que em Portugal. Deveria ser possível fazer o aborto em Portugal, em sã liberdade e em perfeitas condições, mas seria ou vai ser sempre muito mais caro do que em Espanha. Os actos médicos em Espanha são mais baratos do que em Portugal, apesar de lá se ganhar melhor e a economia ser muitíssimo melhor do que a portuguesa. Vá-se lá a saber porquê.
2 comentários:
Caro Aquiles,
sinceramente sou a favor da decisão (se possível) conjunta do casal, na opção pelo aborto. Caso essa não seja de todo possível, é questão essencial deixar nas mãos de cada uma de nós (pois não digo, desta água não beberei...) a decisão. Ninguém sabe de ninguém e, os meus problemas são meus. Logo, tenho que ter o poder de decidir o rumo a dar-lhes...
Agora que estou com tempo...
O meu primeiro comentário ia ser exactamente sobre este tema.
Também já ando farta deste tema e não me parece sequer que o nosso país se possa dar ao luxo de gastar tantos euros em referendos mas, pronto, quem manda não somos nós, por isso...
Felizmente, nunca me vi em situação de ter sequer de ponderar a ideia de aborto, no entanto, não descarto a hipótese. Agora, conhecendo-me como conheço,ia ser muito difícil, tomar tal decisão.
Numa sociedade democrática, impedir uma mulher de decidir livremente sobre o seu corpo, sobre o seu presente e o seu futuro para mim é um absurdo. Absurdo também é defender a vida a todo o custo, deixando contra a vontade da/dos progenitora(es) vir uma criança ao mundo em condições adversas: quer económicas, quer afectivas. Há estudos e é do senso comum que uma criança precisa de se saber/sentir desejada, amada para crescer e tornar-se um adulto equilibrado.
Claro que uma boa maioria, de tão convencida que está de ser a detentora da verdade absoluta, nunca chega a parar um pouco para olhar o mundo à sua volta e questionar-se sobre o que será mais lógico ou mesmo razoável, defendendo, por isso, bovinamente, a manutenção da vida a todo o custo. Hipócritamente depois são os mesmo que, sem nada fazerem, vêm lamentar a morte ou o internamento de crianças abusadas e mal tratadas. E isto dá-me a volta às entranhas.
Ligadas a esta polémica as
questões económicas também já se desenham no horizonte e anunciam benefícios e contra-partidas para grupos económicos. O poder económico a falar mais alto... No fundo as decisões até já estão tomadas o Zé povinho é que de tão distraído que está para sobreviver nem se apercebe que com referendo ou sem ele o futuro está decidido. E como todos sabemos que o Serviço Nacional de Saúde está como todos os organismos/instituições do estado, ou seja, descapitalizado, quem "desejar" (deve ser infíma a percentagem de mulheres que faz um aborto de ânimo leve) ou tiver mesmo de abortar o melhor é preparar-se para abrir os cordões à bolsa e (desculpem-me o termo) as pernas às clínicas privadas.
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