Juntar Portugal ao mapa seria complicar ainda mais uma Espanha que já é complicada. E, sobre isso, Miguel Ángel Bastenier, do El País, só tem uma coisa a dizer: não, gracias. "Com a Catalunha já temos que chegue."Melhor seria que os espanhóis descobrissem, primeiro, quem são. Ramon Font diz que a autodefinição nacional "coloca grandes problemas do foro psiquiátrico". Não faltam reflexões em torno desse tema obsessivo, mas ninguém parece ter uma resposta para a pergunta: "O que é ser espanhol?". Portugal, dizem, tem uma relação mais saudável "com a pátria". "Para começar, Portugal é um país homogéneo, toda a gente fala português, ninguém fala basco e catalão, felizmente", diz Bastenier. "Os espanhóis ainda não decidiram o que são, o que é uma grande vergonha. E Portugal viria dividir ainda mais Espanha. Porque se acrescentava outra Catalunha. O que temos já é insuportável, não nos deixam viver. E eu sou de Barcelona, falo catalão, mas sou espanhol, caramba! Costumo dizer que se Espanha não tivesse esses problemas havia de ganhar muitos prémios Nobel, de ciência e de medicina. Mas estamos o dia todo ocupados com esta seca da Catalunha e do País Basco e não podemos dedicar-nos a nada! À literatura sim, porque a literatura nasce da dor. Assim sendo, Espanha tem uma grande literatura, como tem Portugal... Mas a ciência precisa de tempo livre. Por isso, Espanha tem uma grande literatura e uma merda de ciência."
domingo, 22 de outubro de 2006
AINDA O DEBATE SOBRE O IBERISMO
O Público de hoje dá um grande espaço à questão da União Ibérica. O debate anda por aí. A ler com muita atenção. De todos os artigos publicados hoje, destaco o trecho final de um, «CONTRA "Com a Catalunha já temos que chegue"», da autoria de K.G.:
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